ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 1º-12-2010.

 


Ao primeiro dia mês de dezembro do ano de dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Thiago Duarte, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Juliana Brizola, Maria Celeste, Mario Manfro, Maristela Maffei, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado, pelo vereador Mario Manfro, o Projeto de Lei do Legislativo nº 178/10 (Processo nº 4121/10). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofício nº 030/10, do senhor Antonio José Gonçalves Henriques, Diretor Executivo do Fundo Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; e Comunicados nos 130747, 130748, 130749, 130750, 130751, 130752, 130753, 130754, 1307555, 130756 e 130757/10, do senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Dr. Raul Torelly, Pedro Ruas e João Antonio Dib, este pelo Governo. Às quatorze horas e vinte e oito minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Mario Manfro, subscrito nos termos do artigo 120, inciso VI, do Regimento, deferido pelo senhor Presidente, solicitando votação em destaque para a Emenda nº 52 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 039/10 (Processo nº 3714/10). Também, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria do vereador Luiz Braz, Líder da Bancada do PSDB, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/10 (Processo nº 4117/10) e foi aprovado Requerimento de autoria de Sua Excelência, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Ainda, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Aldacir José Oliboni, solicitando a retirada de tramitação da Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 010/10 (Processo nº 0457/10). Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Resolução nos 032, 037 e 024/10 (Processos nos 3554, 4008 e 3215/10, respectivamente). Em prosseguimento, a vereadora Sofia Cavedon solicitou reunião do Colégio de Líderes para análise de situações observadas junto à Assessoria de Informática desta Casa, tendo o senhor Presidente, após consulta ao Colégio de Líderes, informado que seria realizada reunião do vereador Bernardino Vendruscolo com representantes dos servidores da Câmara Municipal de Porto Alegre, para debate do assunto. Às quatorze horas e trinta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e trinta e nove minutos, constatada a existência de quórum. Em continuidade, o senhor Presidente registrou o transcurso, hoje, do aniversário do vereador Luiz Braz, procedendo à entrega, em nome da Mesa Diretora, de um cartão de felicitações a Sua Excelência. Após, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Mauro Pinheiro, Vice-Líder da Bancada do PT, solicitando, nos termos do artigo 218, § 6º, do Regimento, Licença para Tratamento de Saúde para o vereador Engenheiro Comassetto, nos dias de hoje e amanhã. Ainda, foram apregoados os seguintes Requerimentos, subscritos nos termos do artigo 120, inciso VI, do Regimento, deferidos pelo senhor Presidente, solicitando votação em destaque para Emendas e Subemendas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 039/10: de autoria do vereador Beto Moesch, com relação às Emendas nos 38, 39 e 49; de autoria do vereador Pedro Ruas, com relação às Emendas nos 28, 29, 30, 31, 33, 34, 35, 36, 37 e 51; de autoria do vereador Paulinho Rubem Berta, com relação às Emendas nos 56 e 58 e à Subemenda nº 01 à Emenda nº 48; e de autoria do vereador Waldir Canal, com relação às Emendas nos 21 e 23. Em continuidade, foram apregoadas a Emenda nº 02 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, de autoria do vereador Mauro Pinheiro, Vice-Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/10 e foi aprovado Requerimento de autoria de Sua Excelência, solicitando que essa Emenda e essa Subemenda fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Também, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Mauro Pinheiro, deferido pelo senhor Presidente, solicitando votação em destaque para a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 e para a Emenda nº 02 apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/10. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/10 (Processo nº 4117/10), após ser discutido pelos vereadores Carlos Todeschini, Sofia Cavedon, Sebastião Melo, Idenir Cecchim, Fernanda Melchionna, Adeli Sell, Beto Moesch, Alceu Brasinha, Airto Ferronato, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Luiz Braz e Aldacir José Oliboni. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/10, os vereadores Paulinho Rubem Berta, Dr. Raul Torelly, DJ Cassiá e Mario Manfro cederam seus tempos de discussão, respectivamente, aos vereadores Sebastião Melo, Beto Moesch, Alceu Brasinha e Luiz Braz. Foi votada destacadamente e rejeitada a Subemenda nº 01 aposta à Emenda nº 01 ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/10, por dez votos SIM e vinte votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos vereadores Mauro Pinheiro, como autor, Reginaldo Pujol, Alceu Brasinha, Fernanda Melchionna, Toni Proença, Maria Celeste, Sofia Cavedon, pela oposição, João Carlos Nedel e João Antonio Dib, este pelo Governo, em votação nominal solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Sofia Cavedon e Toni Proença e Não os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Manfro, Maristela Maffei, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/10, por vinte e três votos SIM, sete votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Mario Manfro, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Manfro, Maristela Maffei, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal, votado Não os vereadores Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon e optado pela Abstenção o vereador Adeli Sell. Na ocasião, os vereadores Sebastião Melo e Luiz Braz e a vereadora Sofia Cavedon manifestaram-se acerca do teor da Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/10. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/10, por dez votos SIM, dezesseis votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação pelos vereadores Mauro Pinheiro, Alceu Brasinha, João Antonio Dib, Pedro Ruas e Airto Ferronato, em votação nominal solicitada pelo vereador Mario Manfro, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Toni Proença, votado Não os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Tarciso Flecha Negra e optado pela Abstenção a vereadora Maristela Maffei. Na oportunidade, em face de Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos vereadores Sebastião Melo, Reginaldo Pujol, Alceu Brasinha e João Antonio Dib, o senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da votação da Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/10. Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 010/10, por vinte e quatro votos SIM e sete votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Mario Manfro, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Manfro, Maristela Maffei, Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal e votado Não os vereadores Beto Moesch, Carlos Todeschini, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/10 (Processo nº 2974/10), o qual deixou de ser apreciado em face da inexistência de quórum deliberativo. Às dezessete horas e trinta e oito minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia, tendo-se manifestado a respeito o vereador Alceu Brasinha. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 012/10, o Projeto de Lei do Legislativo nº 177/10 e os Projetos de Lei do Executivo nos 055 e 043/10, este discutido pela vereadora Sofia Cavedon; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 171/10, discutido pelo vereador Dr. Thiago Duarte, e o Projeto de Lei do Executivo nº 044/10, discutido pelo vereador Carlos Todeschini. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Dr. Thiago Duarte. A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria da vereadora Maria Celeste, deferido pelo senhor Presidente, solicitando votação em destaque para as Emendas nos 02 e 03 apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/10 (Processo nº 2974/10). Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Dr. Thiago Duarte, subscrito nos termos do artigo 120, inciso VI, do Regimento, deferido pelo senhor Presidente, solicitando votação em destaque para as Emendas nos 17, 18, 24, 25, 26 e 27 apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 039/10. Às dezoito horas, nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Mario Manfro, Mauro Pinheiro e Bernardino Vendruscolo e secretariados pelo vereador Bernardino Vendruscolo. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Vereadores, Vereadoras, todos que nos assistem, este momento de Liderança não é apenas um momento para falarmos das coisas do Município, também é para falarmos do Estado e da Federação. Eu venho aqui hoje, para tratar de um assunto que diz respeito a uma quantidade muito grande de funcionários do Estado do Rio Grande do Sul que está reivindicando justos e demorados direitos, que são os técnicos-científicos do Estado. Há muitos anos, e lá se vão mais de 20, que essa categoria vem sendo diminuída, vem sendo pouco valorizada. São 42 categorias que estão dentro do Sintergs, Sindicato dos Técnicos-Científicos do Estado do Rio Grande do Sul. Eu queria dizer que essa luta é uma luta de muitos anos e está num momento de definição de questões importantes. Nós precisamos valorizar os nossos técnicos-científicos. Isso foi feito, ao longo dos anos, com tantas e tantas categorias. Os técnicos-científicos, há 20 anos, ganhavam mais, por exemplo, do que os Procuradores do Estado, mais do que o Judiciário. Hoje, chega a ser ridículo fazer uma comparação desses valores. Agora, em maio, tivemos uma lei que foi sancionada pela Assembleia Legislativa na realidade, porque a nossa Governadora vetou, e a lei retornou à Assembleia, trazendo a Gratificação de Incentivo Científico, para fazer uma valorização mínima dos nossos técnicos-científicos do Estado. Aqui eu mostro a camiseta que hoje os técnicos-científicos estão vestindo, na frente da nossa Assembleia Legislativa e do nosso Palácio do Governo, reivindicando os seus direitos. (Mostra a camiseta.) Acreditamos que a Governadora, que tem demonstrado, diga-se de passagem, ao longo da sua vida pública e dos anos passados à frente do nosso Governo Estadual, fibra, garra, que vai à luta e tenta melhores definições para a coisa pública... Está aí um momento de transição, quando o próprio Partido dos Trabalhadores, de oposição, também votou favoravelmente à Gratificação de Incentivo Científico, para que possamos, unidos, resgatar uma dívida de mais de duas décadas que a nossa sociedade tem com esses profissionais que vêm prestando serviços dignos, qualificados a toda a cidadania do Estado do Rio Grande do Sul. Lá estão os técnicos-científicos do Estado fazendo a sua pressão justa, na frente dos nossos principais órgãos públicos, na Praça da Matriz: o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, o Palácio do Governo e o Palácio da Assembleia Legislativa, sem falar da nossa Catedral Metropolitana, que faz com que nós nos curvemos à fé. Nós temos fé, uma fé muito importante de que, neste momento, nestes próximos dias, teremos a categoria dos Técnicos-Científicos do Estado valorizada, resgatada na sua dignidade, fazendo com que nós possamos continuar prestando, cada vez mais forte e de uma maneira mais intensa, com mais capacitação, com mais dignidade e cada vez melhor aqueles serviços que já há tantos e tantos anos vêm sendo prestados pelos Técnicos-Científicos do Estado do Rio Grande do Sul. Assim também é importante a regularização da situação da dedicação exclusiva, outra reivindicação importante, que acredito esteja sendo contemplada dentro do Plano de Carreira aprovado para os funcionários da Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. Então, hoje também é um momento importante para esse reconhecimento.

Quero deixar aqui a minha saudação e o meu abraço a todos que estão nessa luta, ao Sindicato dos Técnicos-Científicos, o Sintergs, ao Presidente César Chagas, ao Vice-Presidente Lucídio, ao Júlio, ao Fabiano, a todos aqueles que estão à frente, que estão realmente levando essas questões para todo o funcionalismo entender que, realmente, precisamos dessa valorização. Isso vai acontecer, tenho certeza, e haverá esse reconhecimento. Não queremos uma outra Lei Britto, que demore dez anos para ser paga. Vamos fazer administrativa e politicamente a coisa certa, para que todos possamos continuar exercendo, cada vez com maior respeito, confiança, qualidade e dignidade, o trabalho para toda a cidadania do Estado do Rio Grande do Sul. Saúde para todos!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos assiste, o dia de ontem foi um dia difícil para a Cidade, e eu confesso que foi muito difícil para mim, pessoalmente. Pela manhã, estavam lacradas aproximadamente 40 bancas do Centro Popular de Compras, o popular Camelódromo. Quarenta famílias que investiram seus últimos recursos neste final de ano, compraram mercadoria para vender no Natal, para sobreviver e cumprir seus compromissos, acreditando na capacidade que esta Casa tinha, que os Vereadores de Porto Alegre tinham em relação ao pedido encaminhado ao Prefeito, para que os mantivessem, pelo menos, até 15 de janeiro. Não houve essa possibilidade, Ver. Sebastião Melo, porque a SMIC lacrou, ontem pela manhã, 40 bancas.

Eu procurei o Ver. João Dib, Presidente Vendruscolo, que foi um gentleman durante todo o tempo, todo o período. Como Líder do Governo, recebeu-me ontem pela manhã, falou com S. Exª, o Prefeito, que me mandou o recado de que a sua palavra, a palavra do Prefeito José Fortunati era de que manteria os comerciantes no Centro Popular de Compras até 31 de dezembro, e não 15 de janeiro. Eu liguei para agradecer ao Ver. João Dib e disse ao Vereador, sempre modelo para todos nós, e mais uma vez ontem, que agradecíamos, tínhamos aquele compromisso de 31 de dezembro, e que as bancas reabririam ontem à noite, Verª Sofia. Hoje, fico sabendo que elas não reabriram ontem à noite e não reabriram hoje pela manhã. Eu reforço aqui o elogio aos esforços do Ver. João Dib. Estou falando em relação ao compromisso do Prefeito, que não honrou a palavra dada a este Vereador, que falou e pediu na condição de Presidente da Comissão de Constituição e Justiça. E sei agora, Srs. Vereadores, que ele não determinou que o Secretário abrisse e não há projeto de abertura imediata, ao contrário do que a sua palavra para mim dizia.

Então, faço um registro aqui de muita tristeza pelos nossos comerciantes do Centro Popular de Compras, meu caro Juliano Fripp, pelos nossos camelôs, mas também porque está criado um problema. Os Vereadores de todos os Partidos da base do Governo tentaram evitar, assinaram um documento, pedindo uma mínima compreensão ao Prefeito, pedindo um mínimo de humanidade em relação àquelas famílias que só tinham o Natal para sua sobrevivência e, talvez, Ver. Sebastião Melo, saldar seus compromissos. O Prefeito assumiu, repito, ao final, com este Vereador, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o compromisso de manter os comerciantes e reabrir ontem à noite, e não cumpriu!

Fica, então, o registro dessa profunda decepção, fica o registro em caráter também de denúncia. Resta, claro, o meu elogio à atuação brilhante do Líder do Governo, diuturna, porque, à noite, ainda falava com o Ver. João Dib ontem, tarde da noite, mas ficam a nossa mágoa e o registro político dessa dura decepção com o Prefeito de Porto Alegre. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, meus senhores e minhas senhoras; o Ver. Pedro Ruas na manifestação que fez está correto. Realmente, o Prefeito, ontem, havia autorizado a permanência lá até o dia 31 de dezembro. Na realidade, eu diria que a Câmara Municipal, principalmente a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul tem grande culpa nos acontecimentos do Camelódromo. O Camelódromo é uma empresa privada, que tem concessão do Poder Público, foi uma Parceria Público-Privada. Ontem, quando fui procurado pelo Ver. Pedro Ruas, entendi, porque a maioria dos Vereadores havia assinado uma solicitação ao Prefeito, para que eles fossem mantidos, para que pudessem, durante o mês de dezembro, fazer a recuperação dos seus gastos, das suas dificuldades, das suas dívidas. Eu disse ao Prefeito - e o Ver. Pedro Ruas me informava a mesma coisa - que seria até o dia 31 de dezembro e que seria a última vez que a Câmara interferiria no problema do Camelódromo.

Eu estive analisando, dentre os que devem, que os atrasos vão de 22 a 91 prestações, tenho os dados aqui. Ontem à tarde, o Secretário Valter me informou que reabriria as lojas à noite, sem nenhuma dificuldade. Mas ontem à tarde, a Srª Verdi – o seu sobrenome - me telefonou quase chorando, e eu pensei até que era uma das pessoas que queria ser recolocada, ver restabelecida a sua oportunidade de trabalhar. Não, era a responsável pela empresa que tem a concessão do Camelódromo. E quase chorava, dizia que não podia pagar, que era uma barbaridade o que o Ver. João Dib tinha feito. Não, eu não fiz nada de mais, eu apenas coloquei a posição de 35 Vereadores que queriam que, durante o mês de dezembro, pelo menos, fosse mantido, e seria a última vez que aconteceria isso, porque os Vereadores assim haviam afirmado. Ela me disse que entraria com um mandado de segurança na Justiça, no que ela teria tranquilidade, em razão do contrato que aqui está, e ela ganharia uma liminar. Depois de muito tempo de insistência dela, eu falei que entrasse e pronto! Mas ela não entrou, ou entrou, não sei, mas, de qualquer forma, eu acredito que ela tenha conversado com o Secretário e com o Prefeito. O Prefeito, hoje pela manhã, me telefonou, pedindo que aguardássemos até sexta-feira, e estava me convidando para uma reunião no seu gabinete, às 14h30min de sexta-feira, com a Verª Verdi e com o Secretário Valter Nagelstein, para que nós pudéssemos tratar desse problema. Talvez aí, com a presença da pessoa que ameaçou, não sei se entrou com o mandado de segurança, mas, pelo menos, ameaçou e ganharia, tranquilamente, volto a afirmar, não sou advogado, sou engenheiro, mas sei ler um contrato, e, provavelmente, por isso tenha sido sustado. Sexta-feira, às 14h30min, estarei no gabinete do Prefeito, vai o Secretário Valter Nagelstein, da Indústria e Comércio, a Srª Verdi, proprietária da empresa que tem a concessão do Camelódromo, provavelmente o seu gerente irá, e, com o Prefeito, nós vamos encontrar uma solução, eu espero. Não houve, de fato, uma solução, o que não foi correto. Eu acho que houve um desgaste muito grande. Eu, inclusive, me sinto profundamente desgastado, mas, infelizmente, eu não sei os detalhes que levaram o Prefeito e o Secretário da Indústria e Comércio a transferirem para sexta-feira a decisão.

Eu espero que, na sexta-feira, a decisão seja aquela que os Vereadores que assinaram aquele Requerimento esperam, ou seja, que durante o mês de dezembro eles possam trabalhar e, talvez, recuperar. Agora, eu acho difícil para quem, por exemplo, deve 60, 70, 80 ou 90 prestações. Como eu disse ....

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Ver. João Antonio Dib, não foi possível segurar o seu tempo, peço a compreensão de Vossa Excelência.

Solicito que o Ver. Mario Manfro assuma a presidência dos trabalhos.

 

(O Ver. Mario Manfro assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro – às 14h28min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Apregoo Requerimento, de autoria deste Vereador, que requer seja votada em destaque a Emenda nº 52 ao PLE nº 039/10.

Apregoo a Emenda nº 01, de autoria do Ver. Luiz Braz, ao PLCE nº 010/10 (Lê.): “Altere-se a redação do caput do art. 1º do Projeto em epígrafe, com a redação conforme segue: Art. 1º - 1º Ficam definidos os seguintes índices de aproveitamento para os terrenos que tenham a finalidade de implantar projetos de reformas, adequações ou ampliações de centros esportivos, clubes, equipamentos administrativos, hospitais, hotéis, apart-hotéis (residenciais com serviços de hotelaria), centros de eventos, centros comerciais, shopping centers, escolas, universidades e igrejas, todos com pedidos de aprovação protocolados perante a Administração Municipal até 31 de dezembro de 2012, conforme segue:”

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Luiz Braz, que solicita dispensa de envio à apreciação das Comissões da Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que solicita seja retirada de tramitação a Emenda nº 01 ao PLL 010/10.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que solicita a retirada de tramitação da Emenda nº 01 ao PLL nº 010/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3554/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 032/10, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que concede a Comenda Porto do Sol à Associação Gaúcha dos Advogados do Direito Imobiliário Empresarial – AGADIE.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 01-12-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em discussão o PR nº 032/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PR nº 032/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4008/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 037/10, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que concede a Comenda Porto do Sol à Mu-Mu Alimentos Ltda.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ e CECE. Relator-Geral Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 01-12-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em discussão o PR nº 037/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PR nº 037/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3215/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 024/10, de autoria do Ver. Dr. Thiago Duarte, que concede a Comenda Porto do Sol à senhora Maria Georestaura Correa dos Santos.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 01-12-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em discussão o PR nº 024/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PR nº 024/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em discussão o PLCE nº 010/10. (Pausa.)

 

A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, antes de me manifestar sobre o processo, nós estamos com uma situação bastante delicada na Casa em relação à Coordenação de Informática, à funcionária Márcia e à medida que o Presidente adotou, por isso a presença dos funcionários em plenário. Eu gostaria de sugerir que, antes de iniciarmos os debates, pudéssemos reunir as Lideranças, para darmos um encaminhamento e uma atenção a esse tema rapidamente, se for possível. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Solicito a aproximação dos senhores Líderes de Bancada, para que possamos deliberar sobre o assunto. Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h34min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro – às 14h39min): Estamos retomando a presente Sessão, informando que o Ver. Bernardino Vendruscolo, nosso 1º Secretário, se reunirá, na Sala da Presidência, agora, com uma comissão, para chegarmos a um bom termo. Informamos, também, que o Presidente titular, Ver. Nelcir Tessaro, sexta-feira já reassume a Presidência, quando poderemos dar andamento às reivindicações.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4117/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 010/10, que define índice de aproveitamento para projetos de reformas ou ampliações de centros esportivos, clubes, equipamentos administrativos, hospitais, hotéis, apart-hotéis (residenciais com serviços de hotelaria), centros de eventos, centros comerciais, shopping centers, escolas, universidades e igrejas.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto.

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82,

§ 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 29-11-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, este tema, Ver. Pedro Ruas, é muito importante para a cidade de Porto Alegre. Ele vem, de novo, na discussão de um contrabando sob o pretexto da adequação das obras da Cidade para a Copa do Mundo. O Executivo envia um Projeto que pretende beneficiar um conjunto enorme de atividades, ações e setores da cidade de Porto Alegre. É bom lembrar que, junto com a aprovação da Arena, foi contrabandeada a Emenda nº 09 - a famosa Emenda nº 09 -, que ampliou os índices e o potencial construtivo dos equipamentos de saúde, de turismo, de hotelaria, de comércio, de restaurante, enfim, de todas as áreas. O resultado disso é que estamos tendo uma Cidade cada vez mais adensada, cada vez mais com o comprometimento da infraestrutura, gerando uma diminuição de qualidade de vida até uma Cidade insustentável.

Por isso, este debate, esta decisão não pode ser tomada da forma como está sendo apresentada. Trata-se, sim, novamente, depois de poucos meses da aprovação do Plano Diretor, de uma alteração, Ver. Pujol, violenta contra a Cidade! Pois, se a Emenda nº 09 já causou uma sobrecarga no adensamento, gerou uma autorização para construção e ampliação do espaço e das áreas construtivas na Cidade, agora nós temos uma reedição, que se estende de forma muito mais ampla. Isso é muito complicado, Ver. Cecchim, porque somos nós que lutamos, nós que devemos defender uma cidade sustentável, com qualidade de vida, com uma infraestrutura compatível. Ou adianta, depois, vir dizer que nas ruas de Porto Alegre não se anda mais, que, para fazer 3 Km, Ver. Dr. Raul, temos que estar durante duas horas em congestionamento de automóveis? Pois bem, é disso que se trata de novo, um novo contrabando! Não sei como passou isso pela Secretaria do Planejamento, mas vem em prejuízo à Cidade, em forte prejuízo à Cidade, à qualidade de vida dos seus habitantes. Nós não podemos tomar qualquer decisão de forma apressada, de forma muito rápida, atropelando, novamente, o Plano Diretor, que recém foi sancionado.

A nova Lei do Plano Diretor é recente, tem meses, não chega a ter um ano, e, agora, vem mais uma proposta de mudança, com o pretexto da Copa, que autoriza até a ampliação do índice, de concentração do direito construtivo de igrejas, dos equipamentos de turismo, de restaurantes, de hotéis e tudo mais. Onde é que nós vamos parar com uma Cidade desse jeito? Já está impossível o deslocamento, já há um adensamento exagerado. O planejamento é atropelado pela fúria dos interesses econômicos, pela fúria imobiliária. Nós não podemos aceder a isso, porque isso é condenar a Cidade, no presente e no futuro, à perda da sua qualidade, à perda da sua vocação e à perda, sobretudo, da qualidade de vida e da sustentabilidade da Cidade.

Por isso é necessário aprofundar muito este debate, porque o que está proposto aqui é muito perigoso para a Cidade. Muito obrigado pela atenção.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores e funcionários, nós esperamos que um bom diálogo supere eventuais divergências e mal-entendidos na Casa. Nós, na reunião de Mesa e Lideranças desta segunda-feira, Ver. Nedel, enquanto Bancada, fizemos uma solicitação ao Presidente da Casa, Ver. Nelcir Tessaro, para que encaminhasse ao Governo um pedido de identificação de quais seriam os próprios, quais seriam os espaços beneficiados por essa lei, porque nós podemos imaginar, mas não temos a dimensão. A lei cita shopping centers, centros de eventos, apart-hotéis, hotéis, hospitais, escolas, universidades, igrejas. O fato é que nós temos um importante movimento turístico em função da Copa, e não é justo que se use como argumento ou que o Grêmio, no seu espaço, ou que o Inter, no seu espaço, façam um enorme hotel com benefícios de índice, terreno e isenções fiscais. Está correto questionar por que a nossa rede hoteleira instalada não tem incentivos também, acho que essa pergunta é correta, é procedente. Então, parece correto, bem-vindo e adequado um benefício à rede hoteleira. O nosso problema é que houve uma expansão de atividades, e nós não temos como afirmar à sociedade o tamanho do impacto desse benefício. Nós gostaríamos de que, de forma célere, o Município nos informasse. E eu pergunto, Presidente Mario Manfro, se temos resposta do Executivo, porque combinamos com o Presidente, na segunda-feira, que nos manifestaríamos ao Executivo, solicitando a lista de instituições beneficiadas, para ter uma dimensão do impacto na infraestrutura, do impacto de vizinhança, do impacto no possível questionamento de vizinhos lindeiros, que solicitariam o mesmo índice, porque isso quebra uma regra estabelecida no Plano Diretor, e nós sabemos que todo índice agrega valor aos imóveis dos cidadãos e cidadãs.

A ponderação que eu faço aqui, Ver. Dib, e a sugestão que faço aos nobres Líderes, Sebastião Melo, é que entremos em contato com o Presidente Tessaro, porque foi oficiado ao Governo, conforme combinamos na Reunião de Mesa e Lideranças, para saber da resposta do Governo. Acho que é muito importante que esta Câmara, ao votar, possa, no final da votação, dizer à sociedade o tamanho do impacto da sua votação, da sua decisão.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Sofia, para corroborar a sua manifestação, não somos contra nada e nem ninguém, mas nós precisamos saber o que estamos votando. Basta o que aconteceu na Emenda nº 09, em que a Cidade foi violentada por uma votação apressada, por uma votação feita em acordo, e, com a força da maioria, a Emenda nº 09 foi aprovada aqui nesta Casa. Nós não podemos repetir aquele tipo de medida, porque, se ela é o que a gente está pensando - e queremos ser convencidos do contrário -, ela vem em prejuízo da Cidade. Por isso, é preciso ter tempo para a discussão.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Todeschini, de fato, a Emenda nº 09 hoje é modificada por esta Emenda, exatamente. Vossa Excelência percebeu bem que ela saiu daqui com problemas, muito ampla. O Presidente do nosso Partido, Ver. Adeli Sell, acompanhou mais de perto esse debate, e nós, neste momento, estamos construindo com ele um entendimento melhor. Eu gostaria de solicitar, Presidente Mario Manfro, que o conjunto das Lideranças, que nós pudéssemos aguardar os dados ou, pelo menos, a resposta da Prefeitura, para termos certeza do que estamos votando. Eu gostaria de afirmar que nós queremos beneficiar a rede hoteleira. É correto, é uma rede que respondeu com esforços próprios aos grandes Fóruns Sociais Mundiais que recebemos aqui, os grandes momentos da Cidade, e é justo que receba um benefício agora. Mas será que todo esse leque...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Antes de passar a palavra ao próximo orador, convido o Ver. Luiz Braz a se aproximar da Mesa, para receber o cartão comemorativo ao seu aniversário, que é no dia de hoje. (Palmas.)

 

(Procede-se à entrega do cartão.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Engenheiro Comassetto solicita Licença para Tratamento de Saúde nos dias 1º e 2 de dezembro de 2010.

Apregoo Requerimentos, assinados por diversos Vereadores, dentro do número legal, que solicitam sejam votadas em destaque as Emendas nºs 21, 23, 30, 28, 29, 31, 33, 34, 35, 36, 37, 51, 38, 39 e 49 ao PLE nº 039/10.

O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Prezado Presidente Mario Manfro, colegas Vereadores e minhas colegas Vereadoras, quero fazer uma saudação muito especial aos nossos valorosos funcionários e funcionárias da Casa. Vereadores, fui instado pelo Vereador e pela Vereadora que me antecederam – Verª Sofia e Ver. Todeschini -, que levantaram questionamento, Ver. Cecchim, a tentar contribuir tecnicamente com este debate. Primeiro, esta matéria, Ver. Todeschini, está retornando à Casa, ela já foi aprovada. A Emenda nº 09, do Líder do PDT, Ver. Nereu D'Avila, quando era praticamente meia-noite do dia 29 de dezembro, foi aprovada aqui, neste plenário - as reformas do Internacional. A Bancada de V. Exª pediu uma reunião na presidência para discutir a Arena do Grêmio. Estava aqui o então Secretário do Planejamento, depois, Secretário da Copa e, hoje, Prefeito da Cidade, sentado ao meu lado, na Mesa, e foi o então Secretário do Planejamento que deu total acordo nesta matéria.

Eu pediria, Sr. Presidente, para assegurar o meu tempo, não em respeito a mim, mas em respeito à matéria que estamos discutindo, que é de alta importância para a Cidade. Nesse zum-zum-zum não dá para discutir.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Eu peço silêncio tanto no plenário quanto na plateia. Obrigado.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Então, Ver. Carlos Todeschini, esta matéria foi aprovada lá. O Prefeito vetou esta Emenda e esta Casa derrubou o Veto. Esta lei está em vigor. Os empreendedores poderiam ir para a Justiça. Nós estamos aqui, um conjunto de Vereadores, e nós preferimos um diálogo muito franco, Ver. Idenir Cecchim, com a Prefeitura, envolvendo a Rosane, o Secretário Márcio Bins Ely e o próprio Prefeito. E o que diz essa lei? Essa lei diz, simplesmente, que o Zé da Silva, que tem um hotel na Av. Desembargador André da Rocha há 30 anos, que construiu há 30 anos o seu hotel, vai receber o mesmo que o Grêmio e o que o Internacional receberam nos incentivos da Copa. Ou seja, a OAS vai fazer o estádio do Grêmio, que está recebendo o que nós estamos dando a quem está aqui há 30 anos pagando imposto. Então, eu diria: justeza! O porquê dos índices? Simples, Presidente, os índices retratam a Lei nº 434, Ver. Reginaldo Pujol, V. Exª conhece essa matéria. Ali eu estou colocando o índice 1,1; 2 e 3, porque são os índices do Solo Criado espalhados pela Cidade. Normalmente, eu compro o Solo Criado e amplio o meu negócio. Então, o que eu estou dizendo para o hoteleiro? “O senhor pode ampliar o seu negócio sem comprar Solo Criado!” E eu quero dizer que, quando nós votamos esta matéria - se não me engano, por unanimidade –, demos ao Grêmio essas mesmas condições e colocamos uma outra coisa, dizendo o seguinte: “A aprovação de cada um dos projetos arquitetônicos e licenciamentos de construções terá validade de cinco anos a contar da data dos respectivos despachos, prazo no qual deverão ser iniciadas as obras.” Depois, eu dou mais 15 anos para concluir a obra.

Cá para nós, eu disse ao Prefeito e vou dizer na tribuna: eu não votei essa matéria, porque era Presidente, mas eu não dei para o Grêmio para fazer para a Copa, porque estou dizendo que ele tem cinco anos para protocolar, na data de 2014, e tem mais 15 anos para concluir o estádio.

Aí nós pensamos o seguinte: a maçonaria, por exemplo, às vezes, quer aumentar um templo. Nós achamos que é justo que ela possa utilizar essa lei. Nós pensamos nas igrejas, por exemplo, que elas possam utilizar essa lei. Nós pensamos no Hospital de Clínicas, no Conceição, no Vila Nova, no Parque Belém, que eles possam utilizar essa lei. Se para o Grêmio foram dados 15 anos depois da Copa do Mundo, o Projeto de Lei está dando até 2011, e há uma proposta do Ver. Braz que acho razoável, Vereador, porque V. Exª está levando para 2012 e diz o seguinte: “Só podem aproveitar esse benefício a rede hoteleira e as entidades que protocolarem o projeto até o final de 2012.” Por que razão? Porque estou ampliando a rede hoteleira, para receber milhares de pessoas que vêm para a cidade de Porto Alegre. Então, Vereador, tento responder a V. Exª dizendo que eu voto, com louvor, essa lei!

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vossa Excelência está, de forma magistral, explicando o Projeto. Devo dizer que, para colocar esta Emenda, nós fomos explicar para o Prefeito Municipal a necessidade de levarmos isso até 2012, para a Copa do Mundo, para que os projetos sejam protocolados e possam ser feitos para a Copa do Mundo. O Prefeito aceitou essa data de 2012, não aceitaria nenhuma data posterior, mas a data de 2012 ficou concretizada.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Olho para a plateia, Srs. Vereadores, e vejo aqui dois ex-Presidentes do Sindpoa - o Cacildo e o Antoniolli - e o atual, Jesus, homens de pequenos negócios, Ver. Todeschini, que todos nós conhecemos, pois muito frequentamos o Sindicato e muito eles frequentam esta Casa. Eu queria dizer que esta lei vai justamente ao encontro...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Sebastião Melo continua com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10, a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. Paulinho Rubem Berta.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Muito obrigado, Ver. Paulinho Rubem Berta. Na verdade, nós poderíamos aqui ir para o caminho da judicialização. Esta lei foi aprovada, Verª Sofia, há mais de um ano, dois anos. Os empreendedores poderiam ir para a Justiça e dizer que queriam o cumprimento da lei. O Governo poderia dizer que esta lei é inconstitucional, mas, se ele propusesse a inconstitucionalidade, estaria criando um problema com a lei do Grêmio. Então, cá para nós, aqui há um bom senso! Os técnicos da Prefeitura, às vezes, se excedem. Tenho sido um crítico, muitas vezes, do alto poder discricionário do tecnicismo da Prefeitura. Muitas e muitas vezes, os técnicos desrespeitam esta Casa em muitas questões.

Meus caros Vereadores, minhas colegas Vereadoras, espero, com esta fala, Ver. Todeschini, contribuir. Sei que V. Exª é um Vereador, como os demais, muito preocupado com a vida da Cidade. Sobre a questão do adensamento não há de se falar aqui, ninguém vai morar nesses locais, então, não se trata de adensamento. Agora, esse conflito de Cidade existe, não existe Plano Diretor ideal. Se alguém tiver um Plano Diretor ideal, por favor, eu gostaria de conhecê-lo. Não conheço Plano Diretor ideal de nenhuma Cidade, nem da Cidade em que sou Vereador há dez anos. Eu ajudei a realizar esse Plano, e ele é um conflito permanente entre os interesses comuns, econômicos e sociais, mas isso é da luta política da Cidade.

Eu espero, Ver. Adeli, V. Exª, que é Presidente do Partido dos Trabalhadores, a sua compreensão. E aproveito para dizer que, a primeira vez que eu tiver um tempo em Comunicações ou Grande Expediente, vou comentar o seu livro, porque li atentamente, sublinhei capítulo por capítulo, e quero dizer que V. Exª tem uma visão arejada de cidade, inclusive nessa matéria.

Por isso, Sr. Presidente, com toda a sinceridade, quero dizer que acho que é um avanço para a Cidade, uma cidade que há de revisar várias questões e há de revitalizar o seu Cais de Porto, que tem tudo a ver com isso que estamos falando. Tenho certeza absoluta de que os setores mais atrasados do Partido dos Trabalhadores não vão convencer o Tarso Genro de que ele não tem que fazer o Projeto do Cais do Porto, até porque, como ele ganhou as eleições e está compondo, ele está mostrando que é maior que isso.

Aqui não tem sacanagem! Conheço de fio a pavio essa negociação! Estava ao lado de quem era Secretário do Planejamento. Talvez, Ver. Raul, o remédio não tenha sido adequado, porque estávamos tratando de um objeto que era a Arena do Grêmio, e, dentro da Arena do Grêmio, entrou isso, e o nosso Regimento diz que eu tenho que discutir sempre o mesmo objeto. Mas, do ponto de vista do mérito da matéria, Ver. Beto Moesch, não tenho dúvidas em afirmar que é bom para a Cidade, não tem nenhuma maculação. E nós vamos, com todo o respeito, dar para a OAS, uma das maiores construtoras deste País... Nós fomos capazes de votar, por unanimidade, o que estamos concedendo a esses setores.

Primeiro, tínhamos que ter votado para eles e, depois, votar para a OAS, mas fizemos o contrário, até porque a imprensa inteira dizia o seguinte: “Se a Câmara não votar, a Copa não vem para Porto Alegre.” De madrugada, em Regime de Urgência, nós votamos. Mas reconheço que talvez os 15 anos, porque, se era para a Copa... E mais do que isso, nós isentamos para a obra da Copa, inclusive para a construção da OAS. Então, nós estamos aqui resgatando um setor fundamental da hotelaria, de negócios extraordinários para a Cidade, que é a nossa querida Porto Alegre.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Sebastião Melo. Não houve unanimidade para a OAS. Houve oposição deste e de outros Vereadores.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Correto! Estou dizendo, veja bem, pode ter havido no Projeto pontual, mas foi uma matéria muito discutida. Muito obrigado, Srs. Vereadores, muito obrigado a quem me cedeu os tempos na tribuna.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu cedi meu tempo para o Ver. Sebastião Melo falar antes, me preceder. E quero dizer que valeu a pena, porque o Ver. Sebastião Melo, que presidiu esta Casa durante dois anos, acompanhou todos os passos dessa discussão e assistiu a todos os acordos, tinha todas as informações. E eu, que me pronunciaria certamente favorável ao Projeto pelas razões que eu tinha lido, agora fiquei mais convencido ainda pelas razões que eu não sabia.

Eu quero dizer que a questão do adensamento, Ver. Todeschini, deveria ter sido uma preocupação já bem anterior, quando, por exemplo, se determinou a construção do Loteamento Santa Terezinha, ali na Rua Voluntários da Pátria. Com isso sim é que a Administração Popular tinha que se preocupar, para não fazer aquele adensamento num lugar impróprio. Deveria ter levado essas pessoas para um lugar próximo de escola, e ali é uma região altamente comercial.

O adensamento não foi preocupação do Ver. Todeschini quando se fez o Barra Shopping, que é uma maravilha - uma maravilha de empreendimento, grande -, quando se aprovou aquele edifício bonito que agora está bem grande, bem alto. E aí, logo depois, a Bancada do Ver. Todeschini foi contra o Estaleiro, por exemplo.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Idenir Cecchim, V. Exª, com toda a sua experiência, sabe muito bem que nós não estamos dando nenhum índice para a construção de casas ou apartamentos. O que nós estamos fazendo em relação a índices é para que determinados empreendimentos possam crescer. Eu não posso falar em adensamento, porque os adensamentos só podem ser considerados quando eu estou construindo mais casas, mais residências, aí eu estou jogando mais pessoas naquela região para que morem. Assim, não! Eu estou ouvindo falar em adensamento, quando não existe adensamento.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: O senhor me ajudou a esclarecer para o Ver. Todeschini a preocupação que ele tinha com adensamento, que não haverá. Eu quero dizer também em relação a esses equipamentos que forem reformados - hotéis, restaurantes, shopping - que bom que se fazem esses investimentos! Nós temos pessoas que correm riscos, eles não vão ganhar nada se não trabalharem. Eles vão colocar na frente, vão investir, vão acreditar na Cidade, e nós temos a obrigação de acreditar nos nossos empreendedores. Se não tivesse outra razão, eu apoiaria e defenderia este Projeto em nome do trabalho, em nome do esforço, em nome da coragem daqueles que querem gerar empregos, daqueles que vão receber as pessoas na Copa.

E o Ver. Sebastião Melo disse muito bem: nós estamos dando incentivos para uma construtora enorme, grande, para construir a Arena do Grêmio, para reformar o Internacional, o que é justo, mas esses equipamentos vão receber três ou quatro jogos. E os hotéis e restaurantes vão receber as pessoas durante toda a Copa, eles vão ser os grandes responsáveis pela hospitalidade de Porto Alegre, são eles que vão entregar o cartão de visita para os nossos visitantes na chegada. Eles vão dar orientação, eles vão dizer: “Sejam bem-vindos a Porto Alegre”. Os hospitais, todos os equipamentos.

Eu também quero dizer que duvido que o Ver. Adeli Sell comungue com a mesma ideia do Ver. Carlos Todeschini. Por isso eu tenho certeza de que nós vamos aprovar este Projeto tranquilamente, até porque ele já foi muito discutido, Ver. Sebastião Melo. Já foi muito discutido, já foi aprovado, já se derrubou o Veto, e hoje nós vamos apenas consolidar uma conquista daqueles que querem investir.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, em primeiro lugar, eu queria me solidarizar e deixar o apoio irrestrito do PSOL para o Sindicâmara e para os funcionários da Casa. (Palmas.) Essa lógica de tentar calar qualquer que seja a opinião... E aqueles que constroem o trabalho da Casa não deixarão passar em branco, e não passará sem que haja mobilização e sem que haja, de fato, a reversão de qualquer “caça às bruxas” que possa ter acontecido com aqueles que têm coragem de externar a sua opinião. (Palmas.)

Há uma frase da Pagu - Patrícia Galvão - que diz: “O crime de discordar e de ser coerente eu cometerei sempre.” E, na nossa opinião, não existe nenhum crime em ter opinião e defendê-la. Ao contrário, essa lógica foi derrotada, quando se derrotou a ditadura militar e se instituiu uma democracia que tem muito que ampliar, mas, de fato, temos que valorizar e garantir o direito de opinião.

Quero me ater, agora, ao Projeto, mas não sem antes registrar o meu apoio ao Sindicâmara e aos trabalhadores valorosos da Câmara de Vereadores. Este Projeto, de fato, nos parece um “cheque em branco” do Executivo para todas, Ver. Luiz Braz, as Unidades de Estruturação Urbana da cidade de Porto Alegre. Recebemos um Projeto, no dia 12 de novembro de 2010, e vejo que não há nenhum intuito ou sensibilidade para que façamos um debate muito importante de cidade, porque não adianta só usar o mote da Copa de 2014 para justificar mudanças no regime urbanístico da nossa Cidade, quando temos que debater projeto de cidade aliado à Copa. A Copa virá, mas a Cidade segue antes e depois da Copa. As pessoas e os moradores de Porto Alegre seguem antes e depois da Copa. Este Projeto, Ver. Brasinha, dá “cheque em branco” do Poder Público para empreendimentos, quando a lógica votada no Plano Diretor é justamente o contrário do que está aqui. Nós ficamos nove meses nesta Casa, Ver. Sebastião Melo, discutindo o Plano Diretor da Cidade. Fomos até a madrugada, votando várias emendas. Muitas foram aprovadas e não contaram com o nosso apoio, porque mudavam o caráter da Cidade, mas nós votamos. E, agora, um Projeto de duas páginas abre o laissez-faire, sem que haja discussão sobre quais setores da Cidade, sobre quais projetos! Olha o que diz: “... que tenham a finalidade de implantar projetos de reforma, adequações ou ampliações”. E vai mudando o índice de aproveitamento em todas as Unidades de Estruturação Urbana, sendo que, em alguns casos, como no item 3 do Projeto, dobra a possibilidade de construção em determinadas áreas.

(Aparte antirregimental do Ver. Alceu Brasinha.)

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Está escrito no Projeto. Recomendo àqueles que não leram que o leiam, porque nós votaremos hoje. Então, estão-se alterando índices e padrões urbanísticos da Cidade sem que haja um fato motivador escrito! Não é como um Projeto Especial de Impacto Urbano, e aí quero explicar aos nossos amigos. Aí se analisa que é um Projeto Especial, inclusive, flexibiliza-se o Regime Urbanístico, em muitos casos, de maneira desmedida e sem o acordo do nosso Partido, como foi o caso do Pontal do Estaleiro, em que não foi só a opinião do PSOL, foi a opinião de 80% dos moradores de Porto Alegre, que, à revelia da votação na Câmara, votaram contra na Consulta Popular.

Então, este Projeto tem que ser debatido, não pode ser votado numa tarde, mudando a estruturação em toda a Cidade, quando nós estamos vendo o que a construção desmedida faz, sem debater a questão dos shoppings e de setores como o hoteleiro, acho que pode haver uma discussão. Mas, ontem, nós vimos o que a chuva fez no Estado de São Paulo. E vocês viram o que os especialistas disseram: as enxurradas, as mortes acontecem, porque não existe permeabilização, porque a lógica da cidade foi a lógica do concreto. Vem uma enxurrada, e, infelizmente, a água não tem por onde escoar, porque todas as áreas foram liberadas para as grandes construções que oneraram, não só a vida diária das pessoas, como a vida concreta, nos casos de enxurrada. Isso sem contar o trânsito, a mobilidade urbana e uma série de ...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Como orientação para os próximos oradores, comunico que não haverá mais pausa de cronômetro.

 

(Manifestações no Plenário.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Eu não fiz para a Verª Fernanda porque não percebi, mas vamos seguir um padrão.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10.

 

O SR. ADELI SELL: Caro Ver. Mario Manfro, na condução dos trabalhos, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores; eu vou tentar esclarecer, porque eu acho que, às vezes, certas formulações técnicas, Ver. Brasinha, podem trazer, efetivamente, confusão. Eu creio que os pontos I, II e III podem ter trazido dúvidas, Vereador-Líder da minha Bancada, Mauro Pinheiro, para a nossa interpretação. Eu quero que as pessoas leiam atentamente o art. 1º (Lê.): “Ficam definidos os seguintes índices de aproveitamento para os terrenos que tenham a finalidade de implantar projetos de reformas, adequações ou ampliações...” Ou seja, terá que ser feito de forma contígua ao equipamento. Uma reforma se faz sobre, dentro, junto, em cima, justaposta ao equipamento. Uma adequação ou ampliação se fazem numa área contígua. Se não aprovarmos este Projeto como está posto aqui pelo Executivo, nós vamos manter aquilo que diz o art. 3º, que é a Lei que está em vigor, que é muito mais ampla. E ali, pela redação que fizemos de forma bastante acalorada, porque era no final do ano, era dezembro, quando nós discutimos a Arena do Grêmio, ali, sim, poderia talvez até se pensar em construir uma coisa nova numa área que não fosse justaposta ao equipamento, poderia ser na rua ao lado. Aqui não tem rua ao lado, não tem área fora da atual construção e não é no quarteirão.

Portanto, eu quero, de modo especial, a atenção de todos os meus colegas, especialmente da minha Bancada, Ver. Todeschini, porque aqui está escrito, e é por isso que eu estou defendendo que é área contígua, porque é uma reforma, e reforma se faz sobre uma coisa existente; adequação se faz num lugar justaposto, colocado junto a. Não tem condições de ampliar, com esses índices que estão aqui, fora dessa construção. Se nós observarmos hoje, por exemplo, os shopping centers: ninguém citará três shopping centers que tenham condições de fazer isso. No máximo, um ou dois têm condições. Mas, se tiverem, tem que ter a mesma condição do Grêmio. Por que o Grêmio tem condições de fazer o que nós aprovamos, e, se um shopping center quiser botar um centro de eventos, já que Porto Alegre é uma cidade de turismo de negócios, não? Se o Hospital Mãe de Deus quiser ampliar - é um dos poucos que podem ampliar, que têm projeto -, precisaria comprar índices caríssimos, então, não ampliaria. E nós não teríamos um hospital de qualidade para onde, saindo do Estádio do Internacional, se vá direto. Ou então a gente discute que o Governo Federal estava errado em ter dado filantropia para o Mãe de Deus. O Moinhos de Vento não vai poder fazer isso, porque não tem mais áreas contíguas para fazer. O Beneficência Portuguesa tem uma área contígua importante, e o senhor, Ver. Todeschini, capitaneou a salvação do Beneficência. E aqui talvez tivesse que ter um empréstimo do BNDES, para expandir o nosso Beneficência Portuguesa, se beneficiando deste Projeto. Eu estou dando alguns exemplos, mas a lei não pode ter fotografia. Eu estou dando exemplos reais e concretos do que poderá existir aqui na cidade de Porto Alegre.

Portanto, se é preciso fazer alguma coisa, vamos corrigir na redação. Mas está escrito aqui, é a terceira linha que determina que este Projeto é restrito aos equipamentos que nós discutimos. Caso contrário, não aprovado, vai valer a lei existente, que é a lei da Arena do Grêmio. Essa sim, eu confesso, assinei a Emenda na época, junto com outros Vereadores, mas ela era muito mais ampla e talvez pudesse ser utilizada para outros fins que não fossem esses, que são os de ampliar e dar condições de ter a melhor e mais ousada Copa do Mundo, sem maracutaia, sem problemas, sem subterfúgios. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10.

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o Projeto de Lei, Ver. Sebastião Melo, tenta alterar a atual Lei Complementar nº 610, que foi, realmente, muito debatida aqui, Verª Maria Celeste, no final do ano passado. Aliás, é bom registrar, Sr. Presidente, que, em virtude das negociações feitas pelo Sport Club Internacional, que aceitou mais de dez Emendas desta Casa, deixando o Projeto razoável do ponto de vista urbanístico, na minha opinião, ele foi aprovado. Sou gremista, mas o Grêmio não soube fazer a mesma coisa. O Grêmio, através da OAS, não aceitou uma Emenda sequer para fazer adequações à questão urbanística. Votei a favor do Sport Club Internacional, porque o Projeto ficou razoável, assim como votei favoravelmente ao Projeto do Cais do Porto, Ver. Nilo Santos, porque não se consegue cem por cento, se se conseguem 90%, 80%, vamos lá. Mas não deu para votar a favor do Grêmio, porque o índice construtivo é extremamente elevado para o bairro Azenha, na minha concepção. E me respeitem, eu sou um cidadão porto-alegrense e tenho posições, tenho convicções, com todo o respeito por quem defende o contrário. O que não quer dizer que esteja o Ver. Pujol do lado do mal por querer adensar mais, eu não acho isso! O Ver. Pujol tem uma posição clara, histórica com relação a construir e urbanizar, a qual eu respeito, porque ela é clara, com estudos, inclusive. O Ver. Dib, a mesma coisa.

Agora, este Projeto busca corrigir aquela Lei Complementar que veio junto com as aprovações com relação à Copa - Sport Club Internacional e Arena do Grêmio -, em que se poderia aproveitar o índice conseguido por Projeto Especial. Um shopping center, por exemplo, consegue um índice diferenciado do que está no Plano Diretor por causa dessa lei, que, na minha opinião, não vale mais em virtude do atual Plano Diretor, que foi aprovado e sancionado este ano. Há dúvidas, mas, talvez, não valha mais. Portanto, essa lei não valeria mais - tu poderias usar o mesmo índice para o terreno não edificado, adquirindo terrenos ao redor, ou seja, rasga-se o Plano Diretor - essa é a minha indignação! Então, para que Plano Diretor? Não precisa de Plano Diretor! Aprovamos o Plano Diretor, estávamos mobilizados, e vem agora o PLCE nº 010/10, que até talvez seja menos pior do que a Lei Complementar à qual nos referimos, mas que rasga o Plano Diretor, porque duplica o índice nos incisos I, II e III, passa a ser Projeto Especial – Projeto Especial, para quem não sabe, é um outro Plano Diretor a ser apreciado -, e nós continuamos com um sério problema, que não é o problema de edificar, de adensar, mas é a falta de respeito ao Plano Diretor na sua forma original.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Beto, corroborando a sua manifestação sobre a decisão que tivemos há dois anos, em relação ao Internacional e ao Grêmio, e também a sua manifestação de que, num dos Projetos, nós tivemos a possibilidade de emendar, de melhorar, e ele teve o aceite desta Casa; sobre o Grêmio nós tivemos a mesma opinião que, agora, estamos tendo em relação a este Projeto. A nossa crítica é que, em menos de um ano de aprovação da Lei do Plano Diretor, já tem uma alteração novamente. É a mesma crítica que o senhor faz!

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Beto Moesch continua a sua manifestação de discussão do PLCE nº 010/10, a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. Dr. Raul Torelly.

 

O SR. BETO MOESCH: Agradeço ao Dr. Raul e, também, ao Ver. João Bosco Vaz, até para nós oportunizarmos aqui o debate, que é fundamental. Eu queria só dizer, Ver. Braz, que fico chateado, porque este Projeto deveria ter vindo na discussão do Plano Diretor. Nós estávamos mobilizados para isso! Nós tínhamos equipes técnicas para isso! Então, é essa a indignação. Mais uma vez, de surpresa, ou quase de surpresa, nós ficamos correndo atrás de urbanistas e arquitetos, para tentar entender o Projeto. Na minha opinião, nós vemos que há até um pequeno avanço com relação à atual lei, embora a atual lei tenha sido revogada pelo Plano Diretor que nós aprovamos e que foi sancionado.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Beto, V. Exª é um Vereador que tem um conhecimento muito amplo a respeito dessa matéria, e eu devo lhe dizer que a grande virtude deste Projeto enviado para cá é que ele faz uma correção com relação àquele texto do artigo 9º da Lei do Grêmio.

 

O SR. BETO MOESCH: A Lei Complementar nº 610/09.

 

O Sr. Luiz Braz: Exatamente! Essa lei, inclusive, faz uma correção com relação aos índices, porque, no artigo 9º da Lei, é feita uma referência a índices que não estão sendo mais praticados, índices antigos, que eram maiores que os atuais do Plano Diretor. Eu acho que este texto, pelo menos, atualiza toda esta matéria e faz com que hotéis, hospitais, shoppings, todos os equipamentos possam estar de acordo com aquilo que é o projeto da Copa do Mundo. Acho que esse é o pensamento que deve nortear a votação deste Projeto de Lei.

 

O SR. BETO MOESCH: Perfeito. Vereador Luiz Braz, V. Exª e o Ver. Nilo Santos sabem, conversávamos sobre isso, que fizemos um estudo, na nossa gestão na SMAM, de 2005 a 2008, e constatamos que houve o maior número de licenças para construções na história de Porto Alegre. Ou seja, é óbvio que se tem que construir, reformar, ampliar. Eu defendo principalmente o aproveitamento de prédios já existentes, quando possível, coisa que, inclusive, historicamente a Prefeitura pouco sabe fazer. O Estado, a União e a Prefeitura nos dão um passivo urbanístico de prédios abandonados que poderiam ser reaproveitados. Então, a questão não é construir ou não construir. E mais, Ver. Haroldo, se nós temos um Plano Diretor que nos dá as diretrizes, como em qualquer país civilizado, de como construir e de onde construir, então, fiquemos com o Plano Diretor! Porque o que está se fazendo aqui – na minha leitura, ao menos, e espero que eu esteja equivocado - é deixando, mais uma vez, o Plano Diretor de lado e, através de um Projeto Especial, possibilitando ampliar, por exemplo, um shopping center, que pode duplicar, triplicar, ou quadruplicar. E mais: nós só conseguimos regulamentar um tipo de princípio do Plano Diretor, dentre os sete princípios: o construir. O princípio da mobilidade urbana não foi regulamentado até hoje; o da orla, o cultural, o ambiental ainda não foram regulamentados. Então, nós temos um Plano Diretor com uma regulamentação apenas para o que se pode construir, onde e como. E, mesmo assim, em certos casos, como este que se propõe, não precisa dessa regulamentação. Esquece-se de tudo, e vamos fazer um Projeto Especial para a ampliação, por exemplo, de um shopping center. E a mobilidade urbana? E os impactos urbanos, humanos, decorrentes disso? Esse é o problema. Novamente: nós estamos aprovando, ou rejeitando, mas estamos apreciando, o não planejamento. Isso é o não planejar a cidade de Porto Alegre mais uma vez! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; Ver. Cecchim, eu começo a pensar que, se continuar para trás, esta Cidade vai chegar aonde? Nada se pode fazer nesta Cidade. Nada pode! Mandaram tudo o que tinha embora. Bloquearam o nosso Pontal do Estaleiro. Aí uma Vereadora que é minha querida amiga vem aqui dizer que a Cidade não quis. Não, senhora! Nós temos um milhão e meio de cidadãos porto-alegrenses, e apenas 22 mil pessoas foram lá decidir. Eu não acredito! Se fosse convocada toda a Cidade, jamais fariam isso.

Vereador João Bosco Vaz, eu gosto tanto de dizer que ninguém sabe o tamanho do Grêmio. Ninguém! Ninguém sabe o tamanho da Arena. Se os senhores soubessem, não discutiriam, porque o Grêmio dá emprego, o Grêmio promove a Cidade. E tem pessoas que vêm debater, que têm a coragem de ser contra a Arena do Grêmio!

Querido Ver. Beto Moesch, o senhor sabe o quanto eu gosto do senhor e sempre o elogiei pelo seu projeto para aquela praça, que é a coisa mais linda, mas quero lhe dizer: não faça isso, não faça! É difícil. Se o senhor soubesse o tamanho do Grêmio e o que ele proporciona à Cidade, não faria isso. Ninguém faria isso. Se tem coisas para agradecer, principalmente a imprensa deveria agradecer, Ver. Haroldo de Souza. Não fosse o Grêmio nos levar lá para o outro lado do mundo, a imprensa gaúcha não conheceria o Japão, a Espanha. Não conheceria! Hoje, o meu Grêmio, de que tanto gosto, pode ter certeza absoluta, nós não podemos dificultar! Nós debatemos intensamente o Plano Diretor, Beto, e tu estavas junto. Eu lembro como se fosse hoje, a minha querida Presidenta Maria Celeste estava junto, nós fizemos várias audiências pelas regiões de Porto Alegre, e a Presidenta sempre junto. Isso foi debatido intensamente. E logo que esse Projeto veio para cá, nós debatemos, e, agora, eu não acredito, tem gente arrependida ainda. Pelo amor de Deus!

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, como um bom gremista, estou com o senhor e não abro. Estamos falando aqui em projetos de reformas ou ampliações. Quando se fala em construir algo novo nesta Cidade, sempre gera uma polêmica, e os empreendedores são vistos sempre como marginais. Ver. Brasinha, nós estamos tratando aqui, inclusive, de ampliação de escolas, igrejas. Quem se posicionar contrário à ampliação de escolas, de igrejas vai ter que responder para a sociedade depois, Ver. Brasinha. Obrigado.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Muito bem aproveitado, Ver. Nilo Santos. Eu também me orgulho muito dos bares e restaurantes que tem nesta Cidade, das pessoas responsáveis que trabalham e pagam seus impostos em dia. Isso vai fazer parte da Copa do Mundo. E nós aqui temos um bando de Vereadores que é contra tudo, nada pode nesta Cidade! Nós temos que botar esta Cidade para frente e aprovar tudo que seja bom para a Cidade, nada de não regredir. Vamos aprovar coisas boas para a Cidade, e fica o legado da Copa do Mundo. Tem muita gente ainda que vem debater aqui, jogar contra, falar do Pontal do Estaleiro, falar de não sei o quê. O que esta Cidade pode construir de atrativo turístico? Nada pode! Nós perdemos para...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Alceu Brasinha continua a sua manifestação de discussão do PLCE nº 010/10, a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. DJ Cassiá.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro. Quando debatemos o assunto, os pequenos empresários, aquelas pessoas que proporcionam à Cidade a maior maravilha... Nós temos aqui, hoje, o Jesus, o nosso Presidente dos Bares e Restaurantes, que sabe o quanto é difícil ser um pequeno empresário, Ver. Cecchim. É muito difícil! Se fosse fácil, todo mundo seria empresário aqui! Nós abatemos dois leões e deixamos dois para o outro dia, não é verdade, Ver. Cecchim?

Nós temos aqui que parar de dificultar as coisas, temos que parar de apresentar projetos que dificultem para o cidadão, para o pequeno e para o médio empresário, Ver. Cecchim! Isso é difícil, é coisa complicada, meu irmão! Nós não podemos fazer isso. Se amanhã, Ver. Cecchim, fizermos uma greve de bares, restaurantes e hotéis, para a cidade de Porto Alegre, para! Para mesmo, eu duvido que não pare! E esses cidadãos prestam um serviço muito bom para a Cidade, são pessoas capazes, honestas, são empresários de cultura e que honram a sua palavra.

 

O Sr. Idenir Cecchim: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, V. Exª destaca uma coisa muito importante: o empreendedor, o pequeno. Se os bares e restaurantes pararem, não é só o dono que para, não é só o estabelecimento, são as famílias que trabalham com ele que param. Nesse Projeto de que estamos falando hoje, V. Exª pegou o lado do “tranca rua”, daquele que tranca, daquele que não quer construir, daquele que evita que se faça. Mas eu já fiquei assustado com outro assunto: o Governo que está chegando já quer trancar o Cais do Porto. Acho que isso já é outra coisa, outra luta que temos que começar. E, como V. Exª disse, a respeito de nós matarmos um leão por dia, quero dizer que sou testemunha de que o Ver. Brasinha mata três leões todos os dias, porque ele tem três endereços gerando emprego. Cumprimentos pela sua coragem!

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Ver. Idenir Cecchim. Quero dizer que é difícil, muito difícil. Como é complicado! Como os caras gostam de botar essa pilha contra! Por quê? Se ele é tão bom, por que ele não bota uma empresa, por que ele não dá emprego, por que ele não faz as coisas? Duvido! Eu quero que vocês se apresentem e digam: “Eu vou botar uma empresa e vou dar cem empregos”. Duvido!

 

A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, eu conheço a sua admiração pela Governadora Yeda, mas quero precisar uma informação. Quem está questionando o Cais do Porto na Justiça é a Agência Nacional de Transportes Aquaviários – Antaq -, que é a responsável pelos portos federais, porque a Governadora se retirou da negociação com a Antaq e fez a licitação para o Cais à revelia dos índices indicadores da União, o que transformou, infelizmente, um projeto tão esperado numa questão judicial. Então, nesse caso, não há como nos responsabilizar, Ver. Brasinha. Acho que é bom lembrar que o Tutikian várias vezes, agora, na rádio, elogiou a participação da Câmara e da oposição, obviamente, na melhora do Projeto do Cais do Porto. Então, não se exalte tanto, porque os debates aqui têm melhorado os projetos, e é bom para a sociedade, é bom para a democracia.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Verª Sofia Cavedon.

 

O Sr. Paulo Marques: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Só para contribuir, quero dizer que o Juiz se julgou incompetente para julgar a ação do Cais. Esse processo foi arquivado, e o contrato com a empresa espanhola já está à disposição para ser assinado pela Governadora.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Ver. Paulo Marques. Ver. Nilo Santos, Ver. DJ Cassiá e Maurício Dziedricki, da minha Bancada, muito obrigado por me assistirem, mas quero dizer uma coisa para vocês: podem ter certeza absoluta, com certeza, Ver. Tarciso, esta Cidade tem que crescer, esta Cidade pede licença para crescer, mas a burocracia é demais, é muita! E por que trancam tanto? Por quê? Por quê? Que coisa terrível, Ver. Dr. Raul, ninguém quer ver esta Cidade crescer. Vamos nos unir...

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores presentes; eu vou votar favorável ao Projeto e quero registrar que, quando foram discutidas as isenções, os benefícios para a construção dos nossos estádios de futebol, aqui chegou um Projeto, do qual fui Relator, que dava isenção ao Internacional - o Ver. Brasinha sinaliza favoravelmente -, e apresentei uma proposta para que se estendesse essa isenção também à Arena do Grêmio. Eu fui criticado por uns e, evidentemente, elogiado por outros. E me disseram, numa das rádios de Porto Alegre, que eu era gremista e queria tumultuar o processo. Eu disse que não, que era colorado, mas que acreditava naquilo que o Grêmio e o Internacional expressavam para Porto Alegre.

Nós vamos voltar, agora em dezembro, com o terceiro caneco para Porto Alegre, porque venceremos em Abu Dhabi. Ora, assim como nós precisamos valorizar esses equipamentos esportivos em Porto Alegre, que são, sim, atrativos para o turismo da Cidade, nós precisamos pensar nos projetos de Porto Alegre e, também, no da Copa do Mundo como instrumentos que venham a melhorar, a aprimorar, a incentivar setores que trazem o turismo, ou que incrementam o turismo em Porto Alegre. E eu acredito que esse é só um viés que este Projeto tem, porque depois temos aí hospitais, escolas e outros equipamentos, que eu também, inclusive, ouvindo o Ver. Todeschini, não sei por que se colocar. Agora, a ideia central do Projeto está correta, porque ela traz benefícios a Porto Alegre.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Amigo, Ver. Ferronato, com certeza, com absoluta certeza, eu ouvi quando o senhor explanou, falou na Arena. Mas, se V. Exª soubesse o tamanho desse empreendimento que o Grêmio proporciona para o povo da Cidade, o senhor não pode imaginar, num jogo contra o Botafogo, agora, domingo, quantos empregos o Grêmio dá. São mais de duas mil pessoas trabalhando! E nós não podemos dificultar, Vereador, um empreendimento com essa estrutura toda. Nós não podemos, Vereador! Nós estamos aqui para legislar pela Cidade e ver a Cidade crescer, ela não pode jamais regredir.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Eu respeito posições contrárias, mas acredito que a proposta, como foi exaustivamente debatida em Porto Alegre, ela, no contexto, agrega uma série de questões positivas para toda a cidade de Porto Alegre e para a nossa gente. Portanto, meu voto será, sim, favorável ao Projeto. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Paulinho Rubem Berta e outros, solicitando sejam votadas em destaque as Emendas s 56 e 58 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 48 ao PLE nº 039/10.

Apregoo a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, ao PLCE nº 010/10 (Lê.): “Retirar da redação dada pela Emenda nº 01 ao artigo 1º do Projeto de Lei Complementar nº 010/10 as expressões: “centros comerciais, shopping centers”.”

Apregoo a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, ao PLCE nº 010/10 (Lê.): “Retirar da redação dada ao artigo 1º do Projeto de Lei Complementar nº 010/10 as expressões: “centros comerciais, shopping centers”.”

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que solicita dispensa do envio da Emenda nº 02 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10 à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

A Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que está nos assistindo; em primeiro lugar, rapidamente, eu quero dizer que o PCdoB é favorável a este Projeto, inclusive com a Emenda. Quero dizer que não compartilhamos da opinião de que não se trata de adensamento. Achamos, sim, que se trata de adensamento, até porque adensamento não é apenas para moradia, ele incide na questão da infraestrutura, quando nós abrimos novas vias, enfim, esse é o conceito tecnicamente correto. Agora, se isso vem beneficiar a nossa Cidade para o futuro, então esse adensamento é bem-vindo. Ele proporciona uma integração à urbanidade necessária, para que a nossa Cidade deixe de ser tacanha. Quando alguns fazem sob determinados conceitos, eles estão corretos; quando outros fazem a mesma coisa, ou parecido, eles estão incorretos. O PCdoB não parte desse pressuposto. Então, eu quero afirmar aqui a nossa posição e deixar um questionamento: esses índices, senhoras e senhores, não estão de acordo com o Plano Diretor atual, Ver. João Antonio Dib? O Plano atual que foi aprovado? Não estão? (Pausa.) Se não estão, as leis são feitas para serem qualificadas, e nós estamos aqui para isso. Não existe fazer uma lei e ela ficar estática. Se for necessário, nós estamos aqui justamente para melhorá-la.

A outra pergunta que eu quero fazer é a seguinte: os índices anteriores, que estavam no Plano anterior, que está sendo revogado agora, não estavam acima dos três por cento? Até onde eu entendi - e me ajudem, por favor, os intelectuais nessa área, os que têm sabedoria -, esta Emenda vem ao encontro de que fique até os três por cento. Eu não vi outra coisa, Ver. João Antonio Dib, em relação a isso. Portanto, eu acho que estão querendo afirmar aqui algo que não está dentro da discussão, que a maioria está tendo entendimento. Eu acredito que seja por falta de esclarecimento, não por maldade ou por demagogia. Eu acredito que, realmente, seja por falta de esclarecimento. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10.

O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro; Vereadores e Vereadoras, público que hoje nos acompanha, esse é um Projeto que consideramos importante para Cidade. A nossa Bancada, infelizmente, pelo atropelo de final de ano, acabou não tendo o tempo necessário para se dedicar a um Projeto que deveria ter uma discussão maior. Solicitamos ao nosso Líder de Governo, o Ver. João Antonio Dib, que o Executivo nos esclarecesse quais seriam os empreendimentos que poderiam vir a se beneficiar com esse Projeto. Infelizmente, pelo exíguo tempo, o Ver. João Antonio Dib teve dificuldades de nos trazer.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Mauro Pinheiro, não é propriamente dificuldade. Em primeiro lugar, não se saberia dizer quais os que iriam aproveitar esse Projeto: quais hospitais, quais escolas, que estádios de futebol, que igrejas, enfim, aqueles que gostariam de fazer uso desse Projeto de Lei. Em segundo lugar, é absolutamente impossível identificar todos eles. Então, realmente, eu tentei, porque a solicitação de V. Exª me pareceu justa, mas, realmente, foi impossível.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Agradeço, Vereador.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Querido Ver. Mauro Pinheiro, é com muita satisfação que faço um aparte. Quero dizer que tenho uma admiração pelo senhor, que é um empresário também e dá empregos. Isso nós temos que olhar. Quando nós começamos a discutir, Ver. Mauro Pinheiro, o senhor sabe o quanto é difícil implantar uma empresa nesta Cidade. E, mais ainda, uma empresa que se propõe a fazer o que vem fazendo a OAS, que vai revitalizar o nosso Parque Mascarenhas, o que é um ganho para a Cidade. E o Grêmio proporciona tudo isso. E vou pedir a V. Exª que olhe com carinho, porque o Grêmio vai chegar ali na frente logo mais. E nós teremos a maior felicidade já vista com Porto Alegre crescendo nessa dimensão. Obrigado, Ver. Mauro Pinheiro.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Obrigado, Ver. Alceu Brasinha. Então, tendo em vista esse pedido que não pôde ser contemplado, tendo em vista as dificuldades, a nossa preocupação - gostaria de que as pessoas que nos assistem procurassem entender - é que, com este Projeto de Lei, o Executivo esteja abrindo um precedente para aumentar o índice construtivo de vários empreendimentos, em vários locais da Cidade. A nossa dúvida é sobre quais os locais, já que, quando se aumentam índices construtivos, precisamos saber onde vai ser. Essa é a questão com que a Bancada se preocupa: onde vão ser aplicados esses índices construtivos? Pode ser no Shopping Moinhos de Vento? Pode ser no Shopping Praia de Belas? No Hospital Mãe de Deus? Nós ficamos com essa dúvida e temos a preocupação, Ver. Sebastião Melo, de que se vá aumentar índice construtivo indiscriminadamente na Cidade, sabendo que hoje as empresas, quando querem aumentar, têm a possibilidade do Solo Criado, que elas compram, e esse dinheiro é usado para a construção de casas. Nós sabemos da grande necessidade...

O Sr. Sebastião Melo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, muito obrigado, eu sei que o tempo é curto, mas quero dizer a V. Exª que esta matéria atinge toda a Cidade, porque ela diz respeito aos equipamentos. Posso ter uma igreja no Sarandi, posso ter uma igreja na Av. Wenceslau Escobar, posso ter uma loja maçônica na Rua Duque de Caxias, agora, dentro do critério da matrícula contígua. Quer dizer, eu não posso fazer um aumento dez quilômetros longe dali. Não, é do lado, se tenho um terreno a mais, ou não, mas é para ampliação, não é para nova construção, não é para construção de torre em shopping.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Então, tendo em vista essa preocupação, nossa Bancada protocolou uma Emenda. Queremos também que os apart-hotéis, os hotéis, tão necessários para a Copa, as igrejas, as universidades possam também ganhar esse índice, e estamos colocando uma Emenda retirando os shoppings...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCE n° 010/10.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores; acredito que, neste plenário, todos os Vereadores tenham votado a favor das chamadas Lei do Grêmio e Lei do Internacional.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Carlos Todeschini.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: O Ver. Carlos Todeschini está dizendo que não. Mas, se não todos, praticamente todos. Eu não me lembro de nenhum voto contrário naquele dia, mas... Naquele Projeto, Ver. Todeschini, o argumento de V. Exª poderia prosperar, porque, com relação à Azenha e ao Humaitá, e também àquela região do Menino Deus, nós podemos falar em densidade. Nós aprovamos ali, para que pudessem ser aprovados a Arena do Grêmio e o Projeto do Internacional, a construção de alguns prédios onde vão morar pessoas. Então, aquelas regiões vão ser adensadas, com toda a certeza. O argumento de V. Exª prosperava lá, na discussão daquele Projeto. Mas aqui não, Ver. Todeschini! Vossa Excelência é um Vereador muito inteligente, sabe ler os projetos, não é um Vereador que olha um projeto e não sabe o que está vendo.

Aqui nós estamos falando de hotéis, de hospitais, de shoppings e de outros equipamentos. E, se nós vamos discutir Copa do Mundo, se estamos falando que a Cidade tem que ser preparada para a Copa do Mundo, nós sabemos que toda a Cidade tem que ser preparada, essa é a lógica que foi utilizada. Ora, por que nós vamos votar um Projeto para o Grêmio, um Projeto para o Internacional e vamos virar as costas para todas as outras instituições? Por isso, resolvemos acatar aquela Emenda, aquele dia, ao Projeto do Grêmio. E esta redação, depois que foi sugerida a sua modificação, está sendo enviada pelo Prefeito a esta Casa.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pela sua gentileza, Ver. Luiz Braz, mas eu vou contestar a sua afirmação, porque adensa, sim, porque vai ampliar os espaços construtivos, o que vai gerar mais atividades, maior demanda por automóveis naquela região, maior circulação de pessoas, maior impermeabilização do solo. Todo esse conjunto de ações adensa a atividade e a circulação das pessoas.

 

O SR. LUIZ BRAZ: É o adensamento que nós temos, por exemplo, num dia de jogo de futebol. Então, nós não podemos deixar mais ter jogo de futebol no campo do Internacional ou no campo do Grêmio, porque, nesse dia, nós jogamos para aquelas regiões uma grande quantidade de automóveis e de pessoas. Se o adensamento que nós estamos discutindo é esse, não se pode mais fazer nada, nós temos que parar a Cidade. O que está se discutindo aqui não se pode discutir sob a luz do adensamento. O que nós temos que discutir é a necessidade que nós temos de fazer com que toda a Cidade, de alguma forma, possa ser remodelada, para receber a Copa do Mundo. Ora, a 3ª Perimetral está sendo modificada. Nós estamos recebendo, na 3ª Perimetral, oito modificações, que vão fazer com que a 3ª Perimetral seja mais rápida. Estamos modificando a Av. Tronco, que vai ser duplicada. Toda a Cidade está sendo remodelada. Os donos de hotéis, de shoppings, os donos de outros equipamentos, é claro, também querem, de alguma forma, mexer nos seus empreendimentos e não vão poder. E aí, Ver. Mauro Pinheiro, V. Exª que é um homem que eu considero muito e que também é um empreendedor, diz que os empreendedores ligados a shoppings e centros comerciais não podem fazer nada, eles têm que parar no tempo, não podem acompanhar os progressos da Cidade para receber a Copa do Mundo! Por que só esses não, eu perguntaria. Todos os outros, sim, e esses, não?

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Querido Ver. Luiz Braz, eu sei o quanto V. Exª exerce a função de Vereador, mas também o senhor exerce a função de Conselheiro do Grêmio e sabe que nós debatemos intensamente esse Projeto no ano passado, nós fomos até tarde da noite discutindo, e eu não sei por que volta aqui. E só nós, que somos gremistas, sabemos o quanto o Grêmio proporciona.

 

O SR. LUIZ BRAZ: É verdade, Vereador!

 

O Sr. Alceu Brasinha: Um dia, eu estive fazendo uma conta, Vereador, só de vendedores ambulantes tem 500 do lado do Grêmio.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Brasinha, vou lhe interromper, pois o meu tempo está esgotado. Eu pediria a V. Exª, Ver. Mario Manfro, que se inscrevesse e me cedesse seu tempo, se pudesse.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Luiz Braz continua a sua manifestação de discussão do PLCE nº 010/10, a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. Mario Manfro.

 

O Sr. Alceu Brasinha: Aí, Vereador, voltando a falar, quando a gente sabe a dimensão dos fatos, por exemplo, de um jogo no domingo, isso vai mexer com a Cidade, com o Rio Grande, com todos os bairros de Porto Alegre e da Grande Porto Alegre! E aí tem gente que é capaz de querer dificultar um Projeto que beneficia o Grêmio e o Internacional. Eu não sou colorado, mas jamais vou dificultar alguma coisa que seja para o Inter. Mas eu sou um cara rápido e rasteiro para nós buscarmos uma alternativa imediatamente. Muito obrigado.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Obrigado, Ver. Brasinha. Então, o argumento do adensamento não prospera, exatamente porque não existe aqui. Não se pode conversar aqui a respeito de adensamento, porque adensamento significa, na verdade, construir habitações em uma determinada região, jogar pessoas naquela região, fazendo com que a infraestrutura tenha que ser redimensionada. Não é o que acontece aqui. Estamos fazendo com que hotéis, shoppings e hospitais possam ser reformados, reavaliados para a Copa do Mundo e para o futuro de Porto Alegre.

A Verª Fernanda, uma pessoa que considero muito, esteve aqui na tribuna e falou em cheque em branco. Ninguém, na verdade, pode dizer que este Projeto seja um cheque em branco. Não posso, por exemplo, dizer, Verª Fernanda, que dar a possibilidade de o Hospital Beneficência Portuguesa fazer obras ali, aproveitando a área que ele tem, que isso seja um cheque em branco para o Hospital. Se fizemos pelo Internacional e pelo Grêmio, eu acredito que é muito lógico que os outros setores da Cidade também, de alguma forma, possam ser incentivados, não com novas construções, não é o problema que, de repente, vão surgir empreendimentos novos, mas que esses empreendimentos possam ser adequados para a Copa do Mundo.

 

A Srª Fernanda Melchionna: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Luiz Braz, existe uma possibilidade, porque estamos pedindo que este debate seja, de fato, feito com a sociedade e não aprovado de uma maneira açodada aqui no plenário, numa única discussão séria sobre o tema. Hoje, em qualquer mudança de índice de aproveitamento, tu entras com um Projeto Especial de Impacto Urbano, e então se faz a análise, para saber se o projeto é meritório ou não. Portanto, quando tu abres várias Unidades de Estruturação Urbana, com a mudança de regime urbanístico, tu dás um cheque em branco para que, em terrenos contíguos, se mude o índice de aproveitamento permitido para construção no Plano Diretor. Agora, só um parêntese: existe uma Emenda que excetua do Projeto shopping centers e centros administrativos. Se aprovarmos a Emenda, nós, de fato, podemos aprovar o Projeto.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Eu deixo o microfone aberto, para que V. Exª continue o seu aparte, mas quero apenas dizer que isso não pode significar, de forma nenhuma, um cheque em branco, porque nós estamos dando apenas oportunidade para que a Cidade possa ser adequada para o futuro. Eu não vejo que estejamos dando um cheque em branco. Quando eu falo em Projetos Especiais, falo, por exemplo, naquela região da Azenha, do Grêmio, onde permitimos 72 metros de altura, aquele projeto tinha que ser um Projeto Especial. Por que ali nós permitimos? Porque, senão, não sairia a Arena do Grêmio. Eu não me lembro de votos contrários, mas o Ver. Todeschini disse que votou contrariamente, então, eu acredito nele. Mas aquilo é Projeto Especial. O que está acontecendo na Lomba do Pinheiro, que são intervenções diferentes, ali são Projetos Especiais. Mas alguém receber a oportunidade de fazer uma reforma no seu empreendimento, eu não posso chamar isso de Projeto Especial, até porque nós temos todas as limitações possíveis dentro do Projeto que foi enviado para cá, minha querida amiga, Verª Fernanda.

 

A Srª Fernanda Melchionna: Ver. Luiz Braz, evidentemente, trata-se de Projetos Especiais, mesmo as reformas de ampliação que são superiores ao que prevê o Plano Diretor. Elas têm que passar pela avaliação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental – CMDUA e, depois, ser analisadas pela Cauge, evidentemente.

 

O SR. LUIZ BRAZ: O texto que existe hoje fala nos índices que não existem mais, que são dos Planos Diretores anteriores, que iam até 6,0. O que estamos permitindo agora são índices dentro deste Plano Diretor, nada que exceda. Então, não existe, na verdade, um Projeto Especial.

 

A Srª Fernanda Melchionna: Ver. Luiz Braz, me desculpe, mas uma correção: são índices dentro deste Plano Diretor que não estão previstos em determinadas Unidades de Estruturação Urbana e que permitem a ampliação, o dobro ou o terço, em determinados lugares, sem nenhum planejamento. Quando Loureiro da Silva construiu a Av. Farrapos, diziam que ele era megalomaníaco, porque tinha feito uma grande avenida. Hoje, a avenida é pequena perto das necessidades de Porto Alegre. Uma Prefeitura e uma Câmara de Vereadores têm que se preocupar em planejar.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que solicita sejam votadas em destaque a Subemenda nº 01 à Emenda nº 01 e a Emenda nº 02 ao PLCE nº 010/10.

O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir o PLCE nº 010/10.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Mario Manfro; colegas Vereadores, Vereadoras, público que acompanha nossa Sessão no dia de hoje, uma saudação especial ao meu amigo Cacildo Vivian, que está aqui no Plenário, como também ao Jesus, Presidente do Sindicato. Eu estava atentamente ouvindo a manifestação dos colegas Vereadores e lembrava, Verª Sofia, um nome renomado da nossa cidade, um profissional médico, Dr. Eduardo Paglioli, que dizia o seguinte: “Oliboni, quanto tiveres oportunidade, na Câmara, pergunta aos teus colegas há quanto tempo não se constrói um hospital público na nossa Cidade”. Eu disse a ele que estou há 30 e poucos anos na Cidade e ainda não vi nenhuma obra destinada a um hospital. “Eu estou há mais de 50 anos”, disse ele, Ver. Airto, “e não vi nenhum hospital ser erguido. E vejo, a cada semana, um novo empreendimento na nossa cidade”.

Eu acredito que esse tema aqui levantado poderia ser colocado no Plano Diretor para isenções destinadas a algumas obras fundamentais para nós e que dão retorno para a vida do cidadão, como hospitais, ginásios, escolas, universidades, porque, queiram ou não, dão contrapartida ao cidadão. Eu estou falando isso, Ver. João Antonio Dib, porque tenho um pouco de divergência com relação ao que a Bancada colocou aqui. E, concordando com a Emenda do Ver. Mauro Pinheiro, que retira shopping centers e centros comerciais, não teria por que nós votarmos contra este Projeto, Ver. João Carlos Nedel. Algumas obras tão importantes da nossa Cidade dialogam com o cidadão e com a necessidade de aumentar as parcerias com o Poder Público, oportunizando acesso àqueles que menos têm. Como é a universidade, e dou o exemplo da PUC, com o Programa do ENEM e com as meias bolsas ou bolsas integrais destinadas a mais de sete mil alunos. Então, dizer aqui que um projeto não está “lincado” a outro não é verdade. Está sim, e este é o momento. É claro que nós temos aqui alguns interesses e também muita ligação com a questão da hotelaria, dando vazão ao grande fluxo de cidadãos e cidadãs que ora estão na Cidade.

Portanto, Ver. Brasinha, eu não estou aqui dizendo que sou contra o Projeto. Estou 80% a favor, mas, com certeza, estarei cem por cento a favor, se for apoiada a Emenda ora apresentada pela Bancada do PT, pelo Ver. Mauro, que responde pela Liderança. Nós aprovamos isenções altíssimas para alguns, como para os estádios do Grêmio e do Inter. Por que não possibilitar isso para toda a infraestrutura necessária para a Cidade, principalmente os 53 milhões de reais que virão para a reforma do HPS? A compra de materiais de construção também terá isenção.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Oliboni, me permita, querido amigo, recapitular, porque V. Exª citou todos os empreendimentos importantes e esqueceu do maior empreendimento já visto numa cidade: a Arena do Grêmio. Ela proporcionará mais de 2 mil empregos, Ver. Oliboni, e o senhor não citou isso. Isso é um cartão de visitas de Porto Alegre! Nós vamos estar chegando a Porto Alegre e vamos ver o tamanho do empreendimento do Grêmio. Então, eu gostaria que o senhor refletisse, e vamos juntos!

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Brasinha, tu sabes que eu não sou gremista, mas não foi por isso que votei a favor na época. No caso do esporte, quem está contemplado para ser o estádio da Copa do Mundo é, queira ou não, o Internacional, e assim mesmo o Grêmio foi beneficiado.

Eu quero relembrar aqui, então, e fazer um apelo aos nobres colegas, até porque as Emendas são votadas anteriormente ao Projeto. Votamos favoravelmente à Emenda, que é contrária à isenção para os grandes shopping centers e centros comerciais - que fazem um grande lobby, diga-se de passagem -, para podermos beneficiar quem, de fato, tem direito. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em votação a Subemenda nº 01, destacada, à Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10. (Pausa.) O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para encaminhar a votação da Subemenda nº 01, destacada, à Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10, como autor.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste, eu prestei muita atenção à fala de todos os Vereadores. Todos os que vieram defender o Projeto sempre falaram nos hospitais, nos templos, nas igrejas, nas universidades. Nós prestamos muita atenção e, querendo colaborar com o Projeto, com a Emenda queremos excluir os shopping centers e os centros comerciais e manter o restante do Projeto. Por que isso? Porque, no nosso ponto de vista, nós, como Vereadores desta Cidade, temos que defender o nosso patrimônio, e, quando damos índices construtivos para todos, nós estamos abrindo mão de que possa ser vendido o Solo Criado, serem vendidos os índices. Então, centros comerciais, shopping centers, que são grandes empresas e que têm um enorme potencial econômico, esses têm condições de pagar por esses índices. E, com esse dinheiro, a Prefeitura poderá beneficiar a nossa Cidade, Ver. Brasinha; com isso, poderá incentivar os pequenos e médios empreendedores a construir habitações populares.

Nós estamos de acordo com o Projeto, sim, desde que sejam retiradas as expressões “centros comerciais e shopping centers”. Com todos os outros que os Vereadores vieram aqui defender nós estamos de acordo. Nós queremos dar índice e queremos ajudar o progresso da Cidade. Eu, como pequeno empreender, sei da necessidade de o Governo, de o Executivo apoiar as empresas, para que possam crescer e gerar empregos. Nós estamos aqui querendo colaborar com o Projeto, queremos que ele seja aprovado, desde que sejam retiradas as expressões “centros comerciais e shopping centers”, pois esses realmente não têm a necessidade de ter o apoio da Prefeitura dando o índice. Se eles quiserem aumentar, Ver. Airto Ferronato, eles têm condições de pagar por esses índices. Vamos ajudar as empresas locais, os apart-hotéis, os hotéis, pois esses realmente têm a necessidade de aumentar, até porque, com o advento da Copa do Mundo, nós vamos precisar, Ver. Adeli Sell, de mais acomodações na nossa Cidade.

Nós estamos de acordo com que essas empresas tenham total apoio do Governo, e, com os índices pagos pelos shopping centers, com essa verba que vai entrar na Prefeitura, as empresas que realmente necessitam podem ser ainda mais ajudadas. A Cidade vai precisar, e é uma forma de a Prefeitura arrecadar dinheiro. Nós não precisamos abrir mão, porque os shopping centers - vamos convir, não é, Verª Fernanda? - têm condições de pagar pelos índices e não necessitam de apoio da Prefeitura para crescer e se desenvolver. Vamos ajudar quem precisa nesta Cidade, que são as pequenas empresas, as empresas locais! Essas, realmente, precisam de apoio! Por isso eu venho aqui pedir o apoio de todos os Vereadores e de todas as Vereadoras desta Casa, vamos apoiar quem realmente precisa! Vamos aprovar o Projeto, vamos dar o índice para quem precisa, desde que aqueles que não precisam abram mão e venham ajudar a nossa Cidade a crescer, para termos um grande evento na Copa do Mundo! Nós somos a favor de que o Grêmio cresça, gere empregos, que o Internacional cresça, mas shopping center realmente não precisa que a Prefeitura dê índice para crescer ainda mais na nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação da Subemenda nº 01, destacada, à Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu serei objetivo. O que nós estamos fazendo aqui é uma discriminação com um segmento econômico que a Cidade abraçou. Quero salientar, Ver. Dib, V. Exª que é Líder do Governo, que, ao ser aprovado o Projeto do Grêmio e ao ser aprovado o Projeto do Internacional, nós autorizamos, concedemos índices, até em áreas públicas, para a construção de dois shopping centers - um, na Beira-Rio; outro, no Humaitá.

Temos que dizer o seguinte: nós demos para os shoppings que potencialmente poderão vir de fora do Estado, de fora do País, um direito, e agora queremos negar aos shoppings centers já existentes em Porto Alegre, aos centros comerciais já existentes. Shopping centers a gente conta nos dedos; centros comerciais tem vinte ou cinquenta na cidade de Porto Alegre. Se quiserem se expandir, não serão por nós estimulados.

Eu acho que, de certa forma, é inteligente essa medida, que ideologiza um processo, um discurso contra os shopping centers em geral. Agora, quero dizer que nós estamos honrando uma negociação que fizemos com o Governo do Município para substituir uma lei que a minoria da Casa contestava, e que nós, em homenagem à minoria, resolvemos transformá-la nessa lei. E, nessa lei, estavam incluídos os shopping centers, estavam beneficiados, também, os centros comerciais. Se, ao contrário, entenderem de derrotar essa lei, alcançarão um objetivo: o objetivo de manter a lei que a minoria pretendia que fosse revogada, está sendo revogada agora.

No resto, saúdo que, pelo menos, há sensibilidade de reconhecer que numa cidade, Ver. Proença, na qual só se fala em fechamento de hospital, nós estejamos fazendo uma lei estimulando as suas ampliações. Saúdo que, numa Cidade onde tem hoteleiros que há quarenta, cinquenta anos labutam nessa atividade, enfrentando toda sorte de dificuldades, existam Vereadores com a sensibilidade de apoiá-los na sua expansão, e não só as novas redes, que o Projeto da Arena e o Projeto do Internacional vão trazer inexoravelmente.

Por isso, hosanas, alguma coisa se salvou! Agora, eu não recomendo, como uma medida, inclusive, antidemocrática, que se discriminem os centros comerciais, os shopping centers. Ora, daqui a pouco, Ver. Mauro, vão querer que fechem o pequeno comércio também. E aí acho que o senhor não será o autor da lei! Às vezes, a gente diz o seguinte: o Mauro, o Fulano, o Joãozinho, o Roberto têm um pequeno estabelecimento. Todos tiveram, um dia, um pequeno estabelecimento! Cresceram pelo comércio, e muitos deles estão instalados no shopping. O shopping é um conjunto de pequenos estabelecimentos e de algumas lojas amplas. É só isso, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para encaminhar a votação da Subemenda nº 01, destacada, à Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, querido Ver. Pujol, eu vou defender também o shopping, porque ele dá oportunidade aos pequenos e médios empresários, Ver. Dib, àqueles pequenos que participam da Cidade. Claro, Vereador, que eu sou contra aqueles megaempresários que vêm do outro lado do mundo, sou contra esses! Mas um shopping chama o bairro, chama o micro e o pequeno empresários para dentro, isso representa mais segurança. Eu vou defender, porque é justo que um pequeno empresário tenha a oportunidade, o privilégio de fazer parte de um shopping. É muito importante. Eu vou defender o pequeno sempre, porque o pequeno tem que chegar mais longe! Aquele minimercado, aquele restaurante, aquele bar, aquela farmácia, aquela oficina, todos têm direito de crescer! E sempre que chegar um shopping ao bairro e der oportunidade às pessoas de crescerem, eu vou aplaudir, Ver. João Bosco Vaz, porque, V. Exª pode ter certeza de que eu defendo o pequeno! Aquele que sofre tanto, massacrado pelos grandes! Os grandes vêm aqui, fazem megaofertas, as mais variadas mídias e derrubam os pequenos. E aí aquele cidadão que emprega a sua família - o seu genro, o seu filho, a sua cunhada, a sua sogra - não pode avançar, porque simplesmente os grandes estão aí.

Então, quero dizer para V. Exas que estão aqui que podem ter certeza absoluta de que eu vou defender o microempresário, o médio empresário e, desde que seja de Porto Alegre, o grande também. Vou defender sempre, mas os daqui. Eu quero defender a terra de Porto Alegre, a terra do Rio Grande e o Brasil todo!

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação da Subemenda nº 01, destacada, à Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, queria falar para o Ver. Mauro Pinheiro do mérito que teve a sua Emenda do ponto de vista econômico e de discussão da Cidade.

 

(Aparte antirregimental da Verª Sofia Cavedon.)

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: A Verª Sofia me corrige, dizendo que a Emenda é da Bancada, e eu quero parabenizá-los, porque, pelo menos, ela ajuda a diminuir a demagogia. Todo o mundo - ou a maioria, para não fazer injustiça com algum Vereador ou Vereadora - antes disse que era a favor do Projeto, porque queria construir hospitais. Ninguém falou em shopping center. Quem era contra a ideia de dar um cheque em branco para que se aumentasse o Regime Urbanístico - triplicasse, como diz o inc. III do Projeto - era contra a ampliação de escolas, e era necessário aprovar o Projeto em função das áreas que são fundamentais para a população, diga-se de passagem, como a Saúde e a Educação. Felizmente, a sua Emenda coloca o debate onde ele tem que ser feito. Tratar desiguais como iguais, querido Ver. Pujol - com quem tenho grandes diferenças ideológicas, mas há um respeito muito grande entre nós -, é sempre fortalecer o mais forte, sempre fortalecer o mais forte economicamente e politicamente. Digo isso porque aí a gente limpa o terreno e faz o debate como ele tem que ser feito.

Eu quero, Ver. João Antonio Dib, discutir a ampliação do Hospital Beneficência Portuguesa, mas quero, primeiro, discutir o salário dos funcionários do Hospital, que estão atrasados há quase três meses. E a Prefeitura fica jogando a culpa no Ministério da Saúde, e o Ministério da Saúde jogando a culpa na Prefeitura. Eu quero discutir a ampliação do Pronto Socorro, para o que, inclusive, já está sendo discutida a área, e a proposição de ampliação do Pronto Socorro não interfere no regime urbanístico da área. A ampliação foi uma vitória dos municipários desta Cidade, porque, enquanto se discutia dinheiro para a Copa de 2014, só estavam se comprando leitos em hospitais privados da nossa Cidade, não havia recursos para os hospitais públicos. E houve, sim, uma mobilização em defesa dos hospitais públicos, o que é uma conquista. Eu não vi nenhum debate sobre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que tem que ser expandida - e muito - para atender cada vez a mais gente, que falasse sobre interferência no regime urbanístico da área.

Portanto, dizer que são a favor do Projeto, porque ele prevê criação, ampliação e reforma em hospitais que não acontecem porque não existe essa lei não é verdade, não é! Qual é o projeto – vamos ser concretos – de ampliação de hospital, prezado companheiro, Ver. Toni Proença, que está em discussão e que o regime urbanístico da Cidade bane? Nenhum! Nenhum!

Nós temos que debater muito seriamente por que discutir um Plano Diretor da cidade de Porto Alegre, se é para, na primeira oportunidade, em nome da Copa de 2014, ele não passar de letra fria. Para quê? E abrir exceções em tudo, porque muda todo o índice de aproveitamento de várias Unidades de Estruturação Urbana. Não significa que, em determinados casos, não deva haver Projetos Especiais. Agora, a exceção, Ver. Pujol, não pode virar regra. A exceção não pode virar regra na lei, porque, por onde passa um boi, passa uma boiada. É uma flexibilização demasiada, é, de fato, um cheque em branco para a construção nas Unidades de Estruturação Urbana. E mais, para as grandes construções, porque existe muita diferença entre o armazém da esquina e o grupo do Shopping Praia de Belas! Existe muita diferença! Não venha dizer, Ver. Brasinha, me desculpe, mas não venha me dizer que um dono de shopping center ou mesmo de uma loja que paga um aluguel caríssimo é a mesma coisa que um minisupermercado que vem aqui, enfim, que discute a questão do Walmart. Não venham me dizer que os camelôs da Cidade são a mesma coisa que um shopping center!

Na hora de dar cinco dias a mais para se pagar o IPTU da nossa Cidade, não se podia, porque feria a arrecadação. Agora, para dar...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Toni Proença está com a palavra para encaminhar a votação da Subemenda nº 01, destacada, à Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, aproveito o encaminhamento da Subemenda nº 01, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, para dizer que nós, talvez, no calor do debate - conversava sobre isso com o Ver. Pujol -, tenhamos perdido a oportunidade de, ao escrever a Emenda do Ver. Mauro Pinheiro, recolocar em discussão o intuito, o objetivo original desta Emenda que nasceu na Legislatura passada, quando se aprovaram o Projeto da Arena do Grêmio e a ampliação e reforma do Estádio Beira-Rio, que era favorecer, fortalecer e incentivar as atividades ligadas ao turismo e ao esporte em Porto Alegre em função da Copa do Mundo, ou seja, a hotelaria, os bares, os restaurantes, as casas culturais e os equipamentos de saúde e de esporte.

Talvez, Ver. Mauro Pinheiro, o que seria necessário na sua Emenda - e quero dizer que vou votar favoravelmente à sua Subemenda - é que tivéssemos permitido a extensão do benefício aos shopping centers e centros comerciais, condicionada a atividades de hotelaria ligados ao turismo, à cultura, ao esporte e à saúde. Já temos aqui em Porto Alegre alguns empreendimentos de saúde dentro de shopping centers, e isso favorece a população. Do ponto de vista da locação de espaços comerciais com objetivo comercial - eu sou do ramo, portanto, estou aqui indo contra meus interesses pessoais -, quero dizer que não precisaria de tal incentivo, não precisaria da ampliação de índice. Mas, quando os shopping centers e os centros comerciais fossem fazer ampliação, reforma ou adequação em função de empreendimentos de hotelaria, volto a repetir, de esporte, de saúde, de lazer e culturais, aí sim poderia se permitir o benefício.

Por isso voto a favor da sua Subemenda e voto a favor do Projeto. Acho que ele é bom para Porto Alegre, acho que ele beneficia, principalmente, quem empreende nesta Cidade há muitos anos. Ao aprovarmos o Projeto da Arena do Grêmio e o da reforma do Beira-Rio, nós talvez tenhamos cometido a injustiça de deixar empreendedores da hotelaria, do setor de cultura, de lazer e até os religiosos – aí é uma questão de fé – de fora desse benefício, desse incentivo. Por isso voto a favor da sua Subemenda e lastimo termos perdido a oportunidade de reescrevê-la. Mas como as leis estão sempre sendo adequadas, e esta Casa é uma casa de mediação de conflitos da sociedade de Porto Alegre, talvez, no futuro, possamos corrigir. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Verª Maria Celeste está com a palavra para encaminhar a Subemenda nº 01, destacada, à Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, nos causa estranheza - e eu quero aqui, Ver. Brasinha, concordar com o Ver. Beto Moesch - que nós tivéssemos passado todo o ano de 2010 discutindo o Plano Diretor, fazendo adequações importantes nos projetos que foram aqui colocados - falávamos de adensamento, de volumetria, de índices de construção, de várias questões importantes para a Cidade -, e o que a gente tem percebido é que, mesmo depois dessa exaustiva discussão nesta Casa, por mais de dois anos, mas, especificamente, no ano passado, potencializada pela Comissão Especial, nós nos deparamos, cada vez mais, com Projetos Especiais. Era essa a crítica que fazíamos, que o Plano Diretor aprovado também oportunizava o envio para esta Casa de Projetos Especiais que tratassem de matérias de alterações pontuais como essa. E toda discussão que fizemos nesta tarde nos leva a acreditar que não será a primeira nem a última, Ver. João Antonio Dib, que a prática do Executivo é exatamente essa: enviar para esta Casa, a cada momento, projetos de lei que deem conta de uma nova formatação urbanística. Nós também tivemos aqui uma grande discussão a respeito do Projeto do Internacional e do Projeto do Grêmio. Quero reiterar que a Bancada do PT, junto com o Ver. Beto Moesch, votou contra o Projeto de alteração da proposta do Grêmio, exatamente porque tudo o que nós tentamos, naquele momento, de compensações, de adequações do Projeto foi negado pela representação do Grêmio que aqui compareceu, pelas empresas, diferentemente do Projeto do Internacional, que nós conseguimos acumular. E é dessa forma que nós agimos aqui nesta tarde, Ver. Beto Moesch, quando nós construímos esta Emenda, porque o Projeto não está claro. Ele é amplo demais, ele abre possibilidades demais, e nós estamos com muitas dúvidas ainda.

Falávamos com o Ver. Pujol que precisamos de mais tempo, pelo menos, de mais uma ou duas Sessões, para que possamos aprofundar o debate. Por exemplo, quando se fala dos equipamentos administrativos propostos no Projeto, não sabemos quais são esses equipamentos, de que tipo eles são, onde serão construídos. Da mesma forma, nós não sabemos, não está claro, qual é o total ou o volume das áreas propostas a serem construídas, e, efetivamente, o que isso vai significar nas demais questões da Cidade, como, por exemplo, no trânsito.

A nossa Emenda vem colaborar ou minimizar, neste momento, uma questão fundamental. Nós não temos os dados suficientes para dar conta do que significará para a Cidade todo esse volume de áreas construídas e quais os serviços que ficarão defasados ou não. Mas nós queremos, como qualquer porto-alegrense, que a Copa venha para a Cidade, e concordamos com a preparação que precisa ser feita. Portanto, construímos esta Emenda, deixando todos aqueles equipamentos efetivamente necessários, importantes, comunitários, como também deixamos, na nossa proposta de Emenda, a possibilidade de que essa proposta de mudança do índice consiga abarcar a questão do turismo - os apart-hotéis e os hotéis –, isso nós estamos deixando. E estamos retirando do Projeto e da Emenda nº 01 – fizemos uma Subemenda à Emenda nº 01 – as expressões “centro comercial e shopping center”, para que se minimize a sua ação, porque ainda nos faltam clareza e dados suficientes, pois não veio da Prefeitura uma configuração adequada para que a gente percebesse qual o volume de área a ser construída na Cidade e quais serão, realmente, os problemas criados logo ali.

Nós estamos encaminhando esta Subemenda à Emenda nº 01, a Emenda proposta também ao artigo, para minimizar a questão da construção desenfreada, sobretudo para aqueles que já têm um grande lucro, como ocorre com os grandes centros comerciais e os shopping centers da Cidade. Obrigada, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da Subemenda nº 01, destacada, à Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10, pela oposição.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro; Srs. Vereadores; Ver. João Antonio Dib, nós estamos fazendo um esforço de convencimento aqui. Eu sei que, às vezes, parece cansativo e repetitivo, mas é um tema bastante impactante para a cidade de Porto Alegre. Nós temos nos aprofundado nisso, o que parece ter deixado o Plenário um pouco azoeirado, mas é importante para a população que está nos acompanhando pela televisão e para a imprensa, porque, de fato, existem textos que estão sendo divulgados por aí que dizem que a Câmara rasgaria o Plano Diretor ao aprovar esse Projeto. Então, o nosso debate tem que deixar nítido o que estamos fazendo. Por exemplo, há uma polêmica sobre se essa ampliação de índice se estende a todas as unidades. A Ementa é clara, ela define esses índices para os projetos de reforma e ampliação; para os terrenos, portanto, onde já tem aquela atividade.

Qual é o nosso argumento? Nós precisamos de uma solidez de argumentação. Nós queremos, de fato, que a Cidade aproveite o evento Copa e o evento Olimpíadas e melhore a sua infraestrutura hoteleira, melhore a sua infraestrutura de lazer, de acolhimento da população, de investimento no esporte, Ver. Nedel. Por isso eu acho muito correto nós beneficiarmos os clubes, os espaços esportivos, os espaços culturais, os cinemas, os teatros, porque uma cidade atrai visitantes quando ela é um polo cultural, e porque nós, Ver. Dib, temos dois clubes esportivos com atletas olímpicos em Porto Alegre. E não dá para dizer, Ver. Nedel, que esses clubes tenham qualquer incentivo público. São clubes que colocaram atletas campeões mundiais e que poderão ajudar o Brasil não só a acolher bem as Olimpíadas, mas a emplacar medalhas e a impulsionar todos os esportes no País. Nós temos o compromisso do Governo Lula, que, agora, a Presidente Dilma vai incorporar e ampliar, e o nosso Governador Tarso Genro vai fomentar a inclusão através do esporte, Ver. DJ Cassiá, com muita força, nos núcleos dos centros esportivos pelo Interior afora. Nós temos que aproveitar o envolvimento da juventude com a Copa e, depois, com as Olimpíadas e encaminhar essa juventude que tem muito talento, não é descoberta e não teria onde se desenvolver não fossem os nossos clubes, como o União e a Sogipa, que têm muitos jovens que não são sócios. Eles acolhem os jovens talentos descobertos nas escolinhas esportivas, Ver. Bosco, nas escolas públicas, nas praças. Esses meninos e meninas hoje campeões de judô não são sócios, não são da elite, com condições desde pequenos.

Então, está muito correto, tem lógica, tem fundamento apoiarmos a nossa rede hoteleira, para que possa receber uma grande leva de turistas e para que esteja qualificada e equipada, para que os turistas voltem para cá, e não apenas para visitar Canela e Gramado. Está correto estimularmos os nossos clubes, cinemas, teatros, mas vamos discriminar, vamos fazer escolhas, porque é muito importante - e essa Emenda diz isso - para a cidade de Porto Alegre, que tem poucos recursos para dar conta de habitação popular, infraestrutura nas comunidades carentes, que paralisou, nos últimos anos, o investimento de infraestrutura, de regularização fundiária, então, é um recurso importante esse que vem do Solo Criado. Trabalhar esses incentivos com comedimento e com precisão é importante para a Cidade, é um equilíbrio que a Casa pode dar para uma melhoria. Nós queremos reconhecer – eu falo aqui em nome da oposição – que esse Projeto, Ver. Pujol, V. Exª conseguiu nos demonstrar que ele melhora a Emenda nº 09. Ele é melhor, mais explícito e mais restrito, mas, ainda assim, não temos ideia de quantos milhares...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Vereador João Carlos Nedel está com a palavra para encaminhar a votação da Subemenda nº 01, destacada, à Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; sou Presidente da Frente Parlamentar do Turismo, e o turismo de compras, em Porto Alegre, é importantíssimo para a Cidade. Vem gente comprar aqui em Porto Alegre, especialmente do nosso Interior, de outras cidades, fazer turismo de compras. O que representa o turismo de compras? Daqui a pouco, Vereadores, Vereadoras, Ver. Newton Braga Rosa, que nos honra com sua presença, vamos votar, Ver. Dib, o nosso Orçamento. Eu sou Relator do Orçamento. Foram apresentadas 70 Emendas, e eu tive de rejeitar várias delas, porque retiravam recursos essenciais para várias atividades, Ver. Tarciso. Então, nós não temos recurso para tudo. E agora, eliminando expansão dos shopping centers, nós estamos eliminando impostos, estamos eliminando receita para Porto Alegre! Cadê a nossa responsabilidade? Estamos diminuindo o ICMS, que é a maior arrecadação de Porto Alegre, porque são as transferências do Estado. Estamos diminuindo o IPTU, estamos diminuindo o ITBI, porque qualquer ampliação precisa comprar o terreno do lado e pagar o ITBI. O que estamos fazendo, o que estamos pensando? Qual é a nossa responsabilidade com o futuro da nossa Capital? Vamos acabar com o nosso futuro? Vamos acabar com a expansão dos shopping centers, e tudo vira mercadinho? Nós somos responsáveis ou o quê? Pensem nas consequências! Nós estamos permitindo que uma multinacional venha e, lá no Internacional, lá no Grêmio, coloque um shopping center. E os atuais empreendedores, que estão aqui aguentando, gerando impostos, vão ser punidos, Ver. DJ Cassiá? Nós vamos puni-los, porque eles estão gerando imposto, gerando emprego, gerando desenvolvimento? Eles serão punidos? Por quê? Onde é que estamos com a cabeça? Não podemos aprovar essa Subemenda. É levar Porto Alegre para baixo, diminuir o nosso status. Não podemos brincar com o futuro. Não podemos votar.

Portanto, eu vou votar pela não aprovação da presente Emenda, porque ela rebaixa Porto Alegre, e nós precisamos elevar Porto Alegre. Precisamos de turismo, turismo de compras! Porto Alegre já diminuiu a sua população, passou de um milhão, 440 mil para um milhão, 401 mil habitantes. Está havendo fuga de Porto Alegre por falta de emprego, por falta de investimento público, por falta de orçamento. E nós vamos aqui reduzir emprego, reduzir impostos e reduzir o orçamento de Porto Alegre. Onde está a nossa responsabilidade? Vamos pensar nisso. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação da Subemenda nº 01, destacada, à Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10, pelo Governo.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Presidente Mario Manfro, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; em março do próximo ano, faz 40 anos que eu cheguei a esta Casa. E, ao longo desses 40 anos, não ouvi daquela tribuna nenhum brilhante orador capaz de mudar os votos dos seus Pares no plenário. É uma coisa raríssima de acontecer!

Um Projeto como este está sendo discutido há duas horas e meia, mas nós temos algo que é o mais importante do ano, que é o Orçamento, que deveria ser o primeiro a ser votado hoje, mas nós, por entendimento de que não haveria grande debate nos Projetos, deixamos que fossem votados. E o Orçamento, que interessa à vida da Cidade, nós talvez não comecemos sua discussão hoje; votação nem pensar! Era esse apenas o registro que eu queria fazer: eu não conheço um brilhante orador capaz de mudar votos dos seus Pares. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em votação nominal, solicitada por vários Vereadores, a Subemenda nº 01, destacada, à Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 10 votos SIM e 20 votos NÃO.

Em votação nominal a Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10.

 

(Procede à leitura da Emenda.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente. Vereador Braz, V. Exª pode me ajudar aqui? Eu percebi que alguns colegas têm dúvidas. Na verdade, o que V. Exª está mudando é só o prazo?

 

O SR. LUIZ BRAZ: A única coisa que está sendo mexida é com relação ao prazo: de 2011 para 2012, para apresentação de projetos. Só isso.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Perfeito. Acho que está esclarecido e que podemos fazer o processo de votação.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente, o prazo, na verdade, é para apresentar o projeto. Não há prazo, no Projeto, para realização até a Copa.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Eu só posso, na verdade, mexer com o prazo para apresentação de projetos, porque visa à Copa do Mundo. Então, como o prazo que vem é 2011, nós conversamos com o Prefeito para que esse prazo pudesse ser 2012.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em votação nominal a Emenda nº 01 ao PLCE nº 010/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 23 votos SIM, 07 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação a Emenda nº 02, destacada, ao PLCE nº 010/10.

(Procede à leitura da Emenda.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Presidente, uma consulta técnica a Vossa Excelência. Como o teor dessa matéria nós enfrentamos na Subemenda, pergunto: há prejudicialidade ou não há prejudicialidade?

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Segundo a Diretoria Legislativa - essa foi uma preocupação que eu tive antes -, como ela está destacada, ela pode ser encaminhada.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: A pergunta é outra, Sr. Presidente. Se a decisão é sobre a mesma matéria, quando se votou a Subemenda nº 01, isso é matéria vencida, Sr. Presidente!

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Diretoria Legislativa, que é por quem eu tenho que me guiar, me informa que, realmente, pode ser encaminhada, em virtude de que foi destacada e foi apregoada.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Presidente, pode ser discutida?

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Pode ser encaminhada.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Então, vou me inscrever.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLCE nº 010/10.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente, Ver. Mario Manfro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero aproveitar este tempo para fazer alguns esclarecimentos, tendo em vista que eu escutei muita coisa aqui durante o encaminhamento da Subemenda, dizendo que, primeiro, que nós não mudamos a opinião dos Vereadores. Realmente, é difícil mudar a opinião dos Vereadores, mas a discussão é importante, Ver. Idenir Cecchim, porque, assim, o público, em casa, vai acompanhando e vendo o que pensam os Vereadores. É importante nós podermos expressar os nossos pensamentos, aquilo que realmente pensamos e aquilo que defendemos, para o público poder entender, também, o que faz o Vereador e o que ele diz aqui.

Segundo, quero esclarecer que nós somos a favor do que disse o Ver. João Antonio Dib, que deveríamos estar votando o Orçamento e não discutindo esses Projetos. Fomos vencidos na reunião de Mesa e Lideranças, quando pedimos para deixar esse Projeto para depois do Orçamento. Então, a nossa Bancada não pode ser acusada de estar discutindo matérias e impedindo a votação do Orçamento, quando nós gostaríamos de estar discutindo e votando o Orçamento. Infelizmente, fomos voto vencido.

Outra coisa importante de salientar, que escutei aqui, é dizer que os shoppings são agrupamentos de pequenas lojas. Realmente, são agrupamentos de pequenas lojas, mas o shopping tem um único dono, e é lamentável o shopping ter um único dono. E aqueles pequenos comerciantes que lá trabalham, porque vivem para pagar aluguel e condomínio, têm grandes dificuldades para sobreviver, com um elevado índice de lojas que fecham e abrem todos os anos. Qualquer Vereador, se acompanhar, vai ver o grande número de lojas nos shoppings que estão fechando, ano a ano, pela dificuldade de pagar condomínio e aluguel.

Então, não vamos defender shopping centers como pequenas lojas, porque são grandes empreendimentos, grandes investimentos que não precisam de nenhum tipo de apoio governamental ou de incentivos para poder sobreviver, porque o dono do shopping vive muito bem e ganha muito bem, obrigado.

Outra coisa que é um equívoco dizer é que, se não aumentarem os shopping centers, vai diminuir a arrecadação de IPTU, de ICMS, porque os shopping centers agora estão gerando empregos. Ora, eu tenho dúvidas quanto à discussão dessa matéria. Para mim, quem gera empregos são as pequenas lojas, as lojas de bairro, as lojas do Centro, e essas não estão estabelecidas dentro dos shopping centers, Ver. Alceu Brasinha. O senhor, que é um Vereador que está sempre defendendo o pequeno empreendimento, hoje está aqui defendendo o shopping center. Shopping center é um grande empreendimento que não precisa de defesa, que não precisa de incentivo. Eu não tenho nada contra shopping center, agora, não concordo que nós tenhamos que, nesta Casa, votar projeto dando incentivo para expansão de shopping center e de centro comercial. Quem precisa de incentivo é a lojinha do bairro, a lojinha do Centro; essas, sim, precisam de incentivos. E eu, toda vez que tiver incentivo para os pequenos e médios desta Cidade, serei o primeiro a votar a favor. Agora, dizer que shopping center precisa de incentivo para crescer, que shopping center vai ser bom para a economia da Cidade, não dá para concordar. Não dá para concordar quando dizem que a expansão de shopping center vai aumentar o índice de empregos nesta Cidade. Eu não posso concordar com manifestações desse tipo! E quero dizer que essa Emenda é justamente para favorecer quem realmente precisa, que são os apart-hotéis, os hotéis, esses que precisam de investimento, que precisam do apoio do nosso Prefeito, desta Casa, porque vão ser necessários na Copa do Mundo. Agora, dizer que shopping centers precisam de incentivo não dá!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLCE nº 010/10.

 

 

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, querido Ver. Dib...

 

(Aparte antirregimental do Ver. João Antonio Dib.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Não quer mais, Ver. Dib? (Pausa.) Ver. Dib, eu acho que é um direito que todos têm, todos se inscreveram, Vereador. Se V. Exª tivesse se inscrito antes, eu não teria essa atitude. Vereador, eu quero lhe dizer que tenho a maior admiração por V. Exª, mas V. Exª não pode ser o primeiro da fila.

Vereador-Presidente Mario Manfro, querido Ver. Pedro Ruas, nosso comandante maior, que nos defende tanto na nossa cor azul, eu quero voltar ao assunto que o meu querido Ver. Mauro Pinheiro falou. Ver. Mauro Pinheiro, não faça isso, todo pequeno quer ser grande um dia, é verdade. Vereador, eu sou contra os grandes, como o Carrefour, mas sou a favor do pequeno crescer e virar grande, com certeza! Vereador, o shopping no bairro proporciona que aquele pequeno comércio vá lá expor a sua mercadoria. E um shopping oferece muita mídia, faz propaganda e investe. Eu sou favorável ao shopping. E quero dizer, Ver. Toni Proença, que o shopping é bem-vindo, quanto mais shopping centers tiver em Porto Alegre melhor será. Porque tem segurança, o cidadão que bota uma loja pequena lá dentro tem o privilégio de participar do bom ar condicionado, do bom restaurante, do melhor de tudo. Então, eu acho que o shopping é bem-vindo, Ver. Reginaldo Pujol.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Paulinho Rubem Berta.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Não, não sou, Vereador, contra o shopping, jamais! Vereador, quem é que proporciona ao pequeno do bairro ir lá fazer uma loja? É o shopping! Nenhum comerciante tem condições de fazer uma grande loja bonita, não tem como! Eu sou favorável, Ver. Cecchim, ao empreendedor que faz com vontade e colabora com a Cidade. Isso é muito importante! Isso é bom! Isso vem ao encontro da necessidade do cidadão que mais gosta de desfrutar. Uma vez, eu estava no Shopping Iguatemi e encontrei o meu querido Ver. Mauro Pinheiro passeando lá! Eu achei interessante tu passeares lá! Achei interessante desfrutares do bom ar condicionado, de tudo. E agora o senhor vem aqui, Ver. Mauro Pinheiro, dizer que shopping não é bem-vindo? Eu sou favorável ao shopping, eu sou favorável ao empreendedor, eu sou favorável àquele pequeno que saiu lá de baixo, eu quero ver os caras crescerem, meu amigo!

 

(O Ver. Paulinho Rubem Berta solicita um aparte.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Por exemplo, eu quero ver o Paulinho Rubem Berta crescer, ficar mais alto um pouquinho. (Risos.) Tenha a bondade, Vereador.

 

O Sr. Paulinho Rubem Berta: Eu mereço! Vão ter que inventar, na ciência, uma forma de deixar um homem com um metro e cinquenta e nove maior, aos 54 anos!

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Ver. Paulinho, nós estamos em encaminhamento, não são permitidos apartes.

 

O Sr. Paulinho Rubem Berta: Tudo bem! Mas eu queria só fazer uma pergunta, Vereador. Existe algum pequeno que não sonhe e que não trabalhe para ser grande?

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Ver. Paulinho, nós estamos em encaminhamento, não são permitidos apartes.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: O senhor me perdoe, Ver. Paulinho Rubem Berta, mas, quando eu perguntei para o Ver. Mario Manfro se era discussão ou encaminhamento ...

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): É encaminhamento.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Mas antes o senhor me deu a informação de que era discussão. Volto a dizer: vamos aos pequenos, aos pequenos que querem crescer, àqueles que tanto sonham um dia ter uma loja num shopping, lá no Iguatemi, no Bourbon, que é da empresa Zaffari! Que coisa boa aquele empreendimento! Eu não consigo entender como tem pessoas que ainda são contra! Querido Ver. Mauro Pinheiro, vamos olhar para frente, vamos à luta e vamos botar Porto Alegre cada vez avançando mais.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLCE nº 010/10.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Mario Manfro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, em primeiro lugar, eu quero pedir desculpas ao Ver. Brasinha, já que, em momento nenhum, tentaria impedi-lo de falar. Agora, eu não admito, e hoje vai ser o dia marcado como aquele em que eu perdi a paciência na Câmara Municipal. Dia 1º de dezembro vai ficar registrado não como o dia do aniversário do Luiz Braz, mas como o dia da irritação do João Dib. Eu não entendo nada! Isso é tentar afrontar a minha inteligência. Nós aprovamos a Emenda n° 01, do Ver. Luiz Braz. Consequentemente, não tem mais artigo 1º para ser analisado. Em segundo lugar, o texto é o mesmo. Ora, o que é que nós estamos fazendo aqui? Nós vamos votar o Orçamento, nós vamos nos preocupar com a Cidade, ou com os minimercados desta Cidade?

Para aí um pouquinho, que eu acho que, no momento em que nós aprovamos essa Emenda nº 01, o artigo 1º não existia mais. Não tem razão, não há ninguém que me convença, não tem Diretor Legislativo, não tem Regimento, não tem nada capaz de me convencer. E o Diretor Legislativo sabe do profundo respeito e carinho que eu tenho por ele. Mas não tem mais artigo 1º. O artigo 1º é este aqui que foi aprovado, e a Subemenda foi rejeitada.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, quero esclarecer que o Ver. Dib falou que não está preocupado com os minimercados. Mas eu estou preocupado com aquele minimercado, com aquele pequeno. Eu sou favorável aos pequenos!

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLCE nº 010/10.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos assiste; Ver. Brasinha, não quero polemizar com V. Exª, mas vou pegar uma frase, com a sua licença, para dizer o seguinte: é interessante essa linha, Verª Fernanda Melchionna, de defesa do shopping center, utilizando aquela frase - eu respeito a sua posição, discordo e respeito -, o grande que já foi pequeno, ou o pequeno que quer ser grande, é, é verdade, tem essa lógica do pequeno que quer ser grande. Mas não há da parte do Poder Público, Verª Fernanda Melchionna, essa visão de incentivar o pequeno para um dia ele ser médio e ser grande. O que há é a visão de incentivar permanentemente o grande, trabalhar com o grande, ajudar o grande. O grande tem que ser maior ainda, e o pequeno, inexistente, inexistente! Não fosse assim, Ver. Brasinha, estaríamos todos aqui trabalhando com a ideia da isenção financeiramente ridícula do aluguel dos comerciantes do Camelódromo. Financeiramente ridícula! E vêm aqui a Prefeitura, a SMIC, e mandam e-mail - me mostrou, hoje, o Ver. Todeschini -, uma pessoa que não paga 110 reais, outra que não paga, há oito meses, 80 reais. O que é isso, Vereador? É para proteger grande, sim! Esse é o jogo, sempre foi, nunca mudou e vai continuar. Shopping center vai ser protegido, porque é shopping center. Se fosse um pequeno querendo ser grande, ia ser esmagado, ia ser expulso, estava despejado, como foram despejados, ontem, 40 pequenos, Ver. Brasinha! Estão na rua! Fizeram encomenda para o Natal, Ver. Tarciso, compraram o que tinham e o que não tinham e não podem mais vender. Tiveram as lojas lacradas no Camelódromo! Esse é o incentivo da Prefeitura, é para shopping center! Aliás, Porto Alegre é a Capital com maior metragem, com mais shopping center por metro quadrado no País. E vai incentivar o shopping center porque é grande, Ver. Nedel. Se fosse pequeno, não teria incentivo, teria desprezo, para ser esmagado, como é a característica do Poder Público.

Aqueles comerciantes de ontem, daqui a alguns dias, ninguém mais vai lembrar. Mas os shopping centers, os grandes, os poderosos terão incentivos permanentes, terão apoio, terão ajuda, terão discursos, mas terão sempre o voto contrário do PSOL!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 02, destacada, ao PLCE nº 010/10.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, estava aqui meditando se encaminharia ou não e resolvi trazer algumas palavras. Assim como se disse que é possível alguma modificação, eu acho que a Emenda nº 02 viabiliza que eu apresente, mais uma vez, a minha tese de mestrado, que fiz e defendi na Fundação Getúlio Vargas e que foi aprovada. Eu acredito que esses benefícios que se dão aos shopping centers teriam muito mais eficácia se fossem dados aos pequenos mercados e pequenos estabelecimentos comerciais. Acho que, se nós aprovássemos esta Emenda, viabilizaríamos que a Prefeitura de Porto Alegre estudasse uma forma de trazer benefícios aos shopping centers e, também, aos pequenos comerciantes da cidade de Porto Alegre. O desenvolvimento do País passa, repito, pela pequena empresa. Nós precisamos lutar - todos nós - pela sobrevivência, pela prosperidade e pela sustentabilidade dos pequenos negócios da cidade de Porto Alegre. Então, acredito que, se aprovarmos a Emenda, nós estaremos damos chance ao Executivo para que ele estude um novo projeto que venha para cá com benefícios para os grandes e para os pequenos também. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em votação nominal a Emenda nº 02, destacada, ao PLCE nº 010/10.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, regimentalmente, quem não vota não está presente no Plenário. No entanto, vou me negar a votar, porque entendo que não existe o que ser votado, não tem matéria para ser votada. Eu não quero ser considerado ausente do Plenário, mas não vou votar.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Está feito o registro.

Em votação nominal a Emenda nº 02, destacada, ao PLCE nº 010/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 10 votos SIM, 16 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Em votação nominal o PLCE nº 010/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 24 votos SIM e 07 votos NÃO.

Solicito ao Ver. Mauro Pinheiro que assuma a presidência dos trabalhos.

(O Ver. Mauro Pinheiro assume a presidência dos trabalhos.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2974/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 006/10, que altera a redação do § 7º do art. 52 da Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999, alterada pela Lei Complementar nº 646, de 22 de julho de 2010. Com Emendas nos 01 a 06.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 01, 02 e 03.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,

§ 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 10-11-10;

- adiada a discussão por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLCE nº 006/10.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum, solicitada pela Verª Sofia Cavedon (Pausa.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA (Requerimento): Sr. Presidente, gostaria de que V. Exª lesse o nome de todos os Vereadores que estão aqui.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Está registrado no painel o nome dos Vereadores presentes, Vereador. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Há 15 Vereadores presentes. Não há quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro – às 17h38min): Está encerrada a Ordem do Dia.

Passamos à

 

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3950/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 043/10, que desafeta da destinação de uso comum do povo próprio municipal para fins de regularização fundiária e autoriza o Município a doá-lo ao Departamento Municipal de Habitação (DEMHAB).

 

PROC. Nº 3968/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 177/10, de autoria do Ver. Beto Moesch, que denomina Praça Theodor Wiederspahn o logradouro público cadastrado conhecido como Praça 1006, localizado no Bairro Menino Deus.

 

PROC. Nº 4226/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 012/10, que dispõe sobre os Centros Administrativos Regionais (CARs) e dá outras providências. Com Emenda nos 01 a 03.

 

PROC. Nº 4234/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 055/10, que institui o Plano Diretor para manutenção e ampliação do Parque de Iluminação Pública do Município de Porto Alegre.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3951/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 044/10, que denomina Dilecta Todeschini a Estação de Bombeamento de Esgoto do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), localizada na Rua Jorge Valmor Teixeira Gonçalves, nº 378, na Vila Asa Branca, Bairro Sarandi.

 

PROC. Nº 3660/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 171/10, de autoria do Ver. Dr. Thiago Duarte, que determina a instalação de dispositivo de proteção nas margens de calçadas ou terrenos que apresentam desnível em relação à pista de rolamento dos logradouros públicos municipais.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, acho que é importante este momento em que voltamos a debater os Projetos que estão ingressando. São os novos Projetos do Executivo. Um deles trata da desafetação de área de uso comum para regularização fundiária; outro, da reestruturação dos centros administrativos.

Eu quero fazer aqui um registro e homenagear a Câmara no dia de hoje, porque, às vezes, cansamos de ouvir argumentos, Ver. Beto Moesch, mas eles são fundamentais, até para a sociedade compreender o debate que se deu, as razões pelas quais a Câmara tomou uma decisão. A nossa Bancada liberou o voto do Ver. Adeli Sell, Presidente do nosso Partido, em função da construção setorial que ele tem, mas a nossa Bancada teve uma posição unificada no que diz respeito ao restante dos Vereadores, problematizando a expansão do Projeto, e acho que a democracia evolui quando nós conseguimos respeitar as posições divergentes. Paramos a votação, para seguir o debate. Nós vamos enfrentar o Orçamento, temos que fazer algumas emendas aos próximos Projetos, por isso pedi a verificação de quórum, em nome da nossa Bancada, com a anuência de outras Bancadas.

Eu quero aqui dizer que nós estamos insistindo, o Ver. Sebastião Melo tem falado nisso, para que o Município e o Estado construam um procedimento e uma condição de realização de projetos para fins de regularização fundiária. Não basta a desafetação de uma área, um projeto pontual. Nós votamos, há pouco, quase 40 áreas, determinando-as como Áreas Especiais de Interesse Social. No entanto, como um dos artigos problemáticos que estão sendo questionados pela sociedade diz que as populações não ficarão, necessariamente, Ver. Nilo Santos, nas áreas onde haverá a regularização fundiária, nós precisamos dialogar e mediar isso com a população. É muito importante que os projetos tenham um debate aprofundado nesta Casa, principalmente os que não passaram pelas Comissões, porque uma Reunião Conjunta das Comissões, às vezes, não elucida todos os artigos, e, depois, nós ficamos respondendo para a sociedade.

O tema da regularização fundiária é um desafio para Porto Alegre e para o Estado do Rio Grande do Sul, Ver. Brasinha, para as nossas comunidades carentes. Ontem levei ao Ministério Público o tema da Vila São Pedro, que é uma área estadual. Finalmente, conseguimos que eles tenham a posse, só que a Prefeitura ainda não consegue entrar de uma forma firme para resolver o problema do esgoto, por exemplo, porque é preciso fazer um projeto de urbanização para abrir ruas, as que ali tem são vielas estreitas demais. Como é que a Prefeitura vai fazer um investimento de esgotamento sanitário, se não há um projeto de urbanização desenhado? Aí colocam esgoto numa área que vai ser rua, que não vai ser rua, que não vai ter casa! Então, o procedimento de uma ação após a outra, o investimento organizado para isso não está construído, Ver. Nilo Santos.

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte?

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Dou o aparte com todo o gosto.

 

O Sr. Nilo Santos: Obrigado, Verª Sofia. A regularização fundiária na Capital é fundamental para nos organizarmos enquanto sociedade. O que nós precisamos é de uma parceria com o próprio Judiciário. Ontem, na CUTHAB, enfrentamos um novo tema, a reintegração de posse de uma área de oito hectares, que está para sair a qualquer momento. A comunidade já perdeu em primeira e segunda instâncias, a qualquer momento poderá sair, porque o Juiz não sabe quantos deficientes tem, quantas crianças tem, quantos idosos tem nessa comunidade. Então, nós precisamos firmar essa parceria com o Judiciário também, para que, antes de ser emitida uma reintegração de posse, possamos manter um diálogo.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Muito bem, Ver. Nilo. Tenho pleno acordo. Acho que esses caminhos e etapas precisam ser firmados com a parceira de todas as instituições, para acelerar e para respeitar o esforço que as comunidades fizeram para ter onde morar...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, todos os que nos acompanham nesta Sessão, em especial, pela TVCâmara, pela Rádio Web, nosso boa-tarde novamente. Venho aqui discutir, em especial, o PLE nº 044/10, que denomina Dilecta Todeschini a Estação de Bombeamento de Esgoto do DMAE - Departamento Municipal de Água e Esgotos, localizada na Rua Jorge Valmor Teixeira Gonçalves, n° 378, na Vila Asa Branca, bairro Sarandi. A Dilecta tem, por coincidência, o mesmo sobrenome meu, é minha parente distante. Ela foi um símbolo da luta da participação popular, militante comunitária do Orçamento Participativo, da UAMPA e de todas as lutas do seu povo. A Dilecta sempre foi incansável! Depois de muito debilitada, com a saúde muito frágil, no dia 31 de dezembro de 2009, a Dilecta nos deixou, lamentavelmente. Eu lembro que à cerimônia fúnebre acorreram muitos amigos, militantes, lideranças comunitárias, porque isso foi a sua vida. Esteve, por um longo período, na missão de irmã de caridade, freira da Irmandade São José; depois, abdicou do hábito, foi professora e seguiu a carreira se dedicando à luta comunitária, aos pobres, à construção de uma Porto Alegre melhor. Lembro a Dilecta em suas lutas na Vila Minuano, no Orçamento Participativo, em todas as reuniões de liderança, de forma sempre combativa, altiva, perseverante. Mas a vida é assim, um dia o ciclo se encerra. A Dilecta não teve filhos, mas tinha muitos sobrinhos, tinha muitos amigos a quem se dedicava e de quem cuidava. Ela também era tia de Remígio, uma pessoa de muito destaque, Presidente do FAT, foi tesoureiro nacional da CUT, enfim, era de uma família sempre ligada à luta social.

Fica aqui a nossa homenagem e os cumprimentos ao Executivo, que propõe homenageá-la dando seu nome à Casa de Bombas lá da Vila Minuano, uma obra do PAC, ela que lutou, Verª Sofia, por mais de 20 anos por essas obras, e agora as obras chegaram com o PAC. O Presidente Lula, inclusive, foi fazer a entrega simbólica daquela obra que está iniciando lá na Vila Minuano, no bairro Sarandi, e a Dilecta vai ter o seu nome marcado num dos equipamentos, que é a Casa de Bombas. Então, o nosso agradecimento, o nosso apoio e o nosso aplauso por essa escolha. Um abraço a todos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; o futuro lhe reserva algumas coisas, Ver. Mauro; ilustres colegas Vereadores, ilustre público que nos assiste pela TVCâmara e pela Rádio Web. Venho a esta tribuna, primeiramente, para falar sobre o PLL nº 171/10, de nossa autoria, que determina a instalação de dispositivo de proteção nas margens de calçadas ou terrenos que apresentam desnível em relação à pista de rolamento dos logradouros públicos municipais. O que é isso? Esses são os famosos guard-rails. Temos acompanhado pela imprensa diversos acidentes que, felizmente, por enquanto, não vitimaram ninguém, mas acabaram lesando muitas pessoas, principalmente nas proximidades do Arroio Dilúvio.

A nossa sugestão, que foi muito bem aceita pelo Diretor Vanderlei Cappellari, é de que possamos colocar guard-rails não em toda sua extensão, porque isso inviabilizaria, Ver. DJ Cassiá, a entrada das máquinas da SMOV para proceder à limpeza do Arroio Dilúvio, mas, pelo menos, nos locais onde mais existem acidentes, que são as proximidades das pontes. Está mapeado que mais de 90% das ocorrências de automóveis que caem no Arroio Dilúvio ocorre na proximidade das dez pontes que existem ao longo da Av. Ipiranga. Lá é um exemplo que pode ser extrapolado para todas as situações, para todos os locais da Cidade que tenham desníveis. Claro que seria regulamentado pela EPTC, pela Secretaria de Transportes, mas nós acreditamos - estávamos falando essa semana com o Secretário Vanderlei - que esse Projeto pode ser um instrumento da EPTC e da Secretaria de Transportes do Município para qualificar o cuidado com o indivíduo que utiliza veículo automotor em Porto Alegre e, também, com o pedestre. Então, a sugestão que está implícita no Projeto é que se pudessem resguardar quatro metros antes e quatro metros depois de cada ponte com esse equipamento.

Venho aqui também - é pauta vencida, é claro - agradecer aos colegas pela concessão da Comenda Porto do Sol à Tala - Maria Georestaura Correa dos Santos -, lá do Lami. Certamente, ela qualificará esse grupo de Comendadores e Comendadoras que a Cidade tem. Lembro que essa é uma atribuição restrita a muito poucos, como dizia ontem o Ver. Reginaldo Pujol, na Sessão que tornou Comendador o Sr. Régis, da STS, proposta pelo Presidente Nelcir Tessaro, é uma honraria dada a muito poucos. Certamente a Tala faz por merecer pela liderança que tem na comunidade e pelos trabalhos que tem prestado àquela comunidade do Extremo-Sul e a toda a Cidade.

Venho aqui também falar da reunião que tivemos ontem com o futuro Secretário Estadual da Saúde, o colega de Partido Ciro Simoni. Lá fazíamos a intermediação dos servidores da Fugast, que são servidores do Estado, com a Secretaria, porque essa empresa, a Fundação de Gastroenterologia, há muitos anos, contratou diversos servidores de ponta que são essenciais para o serviço, e eles estão na iminência de...

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Muito obrigado, Sr. Presidente. Só no Hospital Presidente Vargas, são 288 servidores. Como isso aconteceu? Há alguns anos, houve uma denúncia da então Deputada Luciana Genro ao Ministério Público sobre a forma de contratação irregular desses servidores. Essa ação tramita há mais de 20 anos, sendo que, agora, a sua sentença transitou em julgado. Então, esses servidores terão que deixar o trabalho nos seus locais de ponta - e isso inclui o Hospital Presidente Vargas, o Hemocentro, o Hospital São Pedro e diversos setores das Secretarias Estadual e Municipal da Saúde -, o que, certamente, vai precarizar e comprometer o atendimento. O Secretário do PDT se mostrou bastante sensível a essa situação, que é mais do que funcional, é uma situação que envolve o clamor social dessas mais de 700 famílias. É importante que se equacione o problema, principalmente para não comprometer o atendimento. Reconhecemos que a forma de contratação inicial foi equivocada. A nossa maior preocupação, dentre esses locais todos, é, sem dúvida nenhuma, o Hospital Presidente Vargas, que tem o maior contingente desses servidores, que executam ações de ponta essenciais para o bom andamento do serviço, como, por exemplo, a medicina fetal.

Também ontem, estivemos com o Professor Garcia...

 

(Aparte antirregimental do Ver. DJ Cássia.)

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Obrigado, Ver. DJ Cássia. Estivemos com o Professor Garcia, conversando sobre algumas ações atinentes à sua Secretaria. A primeira, com o Sindicato dos Rodoviários, falando especificamente sobre a questão dos banheiros localizados em áreas da SMAM - não os que futuramente possam ser implementados, mas os que já existem -, para que o Sindicato dos Rodoviários possa dar uma manutenção para poder atender melhor aos trabalhadores dessa área e aos próprios usuários do transporte. Isso foi bastante importante.

A outra questão que abordamos com ele foi com relação à orla da praia do Lami, principalmente no que se refere à questão das churrasqueiras, dos quiosques e do calçadão. Infelizmente, ano passado, com aquela enxurrada, aquela enchente que houve fora de Porto Alegre, mas que acabou trazendo prejuízos a Porto Alegre, tivemos aqui, nas nossas praias do Belém Novo e do Lami, centenas de porcos – certamente, a população se lembra disso -, que foram retirados pelo DMLU, mas ficaram sequelas no calçamento, nas churrasqueiras da orla do Belém Novo, e, principalmente, da orla do Lami. O Secretário prontamente entendeu, sensibilizou-se com essa situação e, certamente, tomará providências com relação a isso, uma vez que é muito importante agora, quando está chegando o verão. Diversas pessoas de Porto Alegre vão ao Lami, que se torna, mais uma vez, um ponto turístico da Cidade.

Queremos destacar a batalha contra as drogas, Ver. DJ Cassiá. Quero comunicar à população que nos assiste que, segunda-feira, dia 6, vamos ter uma oportunidade ímpar em Porto Alegre. A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara Federal, composta por diversos Deputados, dentre eles, três gaúchos - Vieira da Cunha, Osmar Terra e Germano Bonow -, vai se reunir na Assembleia Legislativa. De pronto, convido todos a comparecerem lá e participar dessa luta que é de todos e que tem que ser de todos, para poder ter o sucesso...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Apregoo Requerimento, de autoria da Verª Maria Celeste, que solicita sejam votadas em destaque as Emendas nºs. 02 e 03 ao PLCE nº 006/10.

Apregoo Requerimento, de autoria do Ver. Dr. Thiago Duarte, que solicita sejam votadas em destaque das Emendas nºs. 17, 18, 24, 25, 26 e 27 ao PLE nº 039/10.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h.)

 

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